Seis clássicos foram reunidos na caixa Filme noir – volume 2: Mortalmente perigosa (1950), de Joseph H. Lewis; O justiceiro (1947), de Elia Kazan; Os corruptos (1953), de Fritz Lang; A dama fantasma (1944), de Robert Siodmak; Pecado sem mácula (1949), de Anthony Mann; e Ato de violência (1948), de Fred Zinnemann.
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ESTÉTICA Pesquisador e professor de cinema do Centro Universitário Una, Ataídes Braga lembra que a estética noir, que marcou a produção dos anos 1940 e 1950, foi muito influenciada pelo expressionismo do qual Lang é referência. “Ele não é um cineasta de filme noir. Por ironia, as características de quase todos os seus filmes – a estética da luz e a obscuridade – foram levadas para o cinema noir.”
Para o professor, os filmes de Lang têm peso maior na narrativa e não no desfecho. “Duas, três décadas depois, ele atualiza o expressionismo carregando na questão política. Tudo e todos são culpados de alguma coisa”, observa.
De acordo com Ataídes Braga, fala-se de maneira quase banal sobre o cinema noir, mas a produção do período é muito pouco conhecida. “E estamos nos referindo a 200 filmes ou mais”, destaca. O fundamental no cinema noir, ele explica, são o mote (a morte, um grande golpe), a presença da mulher distante e misteriosa (a femme fatale) e um protagonista masculino, geralmente um detetive em crise.
O segundo volume do projeto vem complementar o lançamento de 2014, que reuniu em caixa os filmes A morte num beijo (1955), de Robert Aldrich, e Anjo do mal (1953), de Samuel Fuller.
FILME NOIR – VOLUME 2
•Caixa com seis DVDs
•Versátil Home Video
•R$ 69,90.