

Segundo o ator ninguém teve coragem de assinar a carta pública, por medo de serem vítimas de um ciberataque como o que atingiu a Sony. "Era muita gente. Enviei (a carta) basicamente para todos os figurões de cada lugar", disse Clooney em uma entrevista publicada nesta sexta-feira pelo site de entretenimento Deadline. A petição de Clooney acusa o "assustador e devastador" ciberataque que revelou centenas de e-mails, dados pessoais e até roteiros não realizados.
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'A entrevista' é uma comédia de situação protagonizada por James Franco e Seth Rogen sobre um complô orquestrado pela CIA para matar o líder norte-coreano Kim Jong-un. A data prevista de estreia era 25 de dezembro nos Estados Unidos, mas a Sony Pictures cancelou seu lançamento logo depois que os "hackers", que teriam causado um grande problema para a Sony Pictures após divulgar e-mails muito vergonhosos, lançaram graves ameaças a quem fosse assistir o filme.
Clooney criticou a decisões de retirar o filme dos cinemas. "Alguém ameaça explodir edifícios e de repente todos temos que nos curvar", disse na entrevista ao Deadline. "A Sony (...) retirou os filmes porque as salas de cinema disseram que não iriam exibir. Disseram isso porque falaram com seus advogados e eles informaram que se alguém morrer em um ataque os donos das salas de cinema seriam os responsáveis", acrescentou.
Confira trailer de 'A entrevista', filme suspenso pela Sony:
Clooney disse que o ciberataque e a tímida reação de Hollywood são um perigoso precedente que afeta não só o cinema, mas os negócios em geral. "O que acontece se na redação de um jornal se decide publicar uma história e um país ou um indivíduo decide que não gosta disso?", disse Clooney. "Esta é uma comédia boba, mas agora fala de muito mais. Temos a responsabilidade de enfrentar juntos a isso".
Repercussão internacional
A missão norte-coreana na ONU negou nesta sexta-feira, 19, envolvimento em um ciberataque contra a Sony Pictures depois que o FBI (polícia federal americana) informou ter evidências de que Pyongyang estava por trás do ataque. "Nosso país não tem relação com o hacker", disse o conselheiro político norte-coreano, Kim Song.