“Não tenho nem TV.” Essa frase, por mais de uma vez, aparece no roteiro do thriller de estreia de Dan Gilroy, 'O abutre', e desponta quase como provocação. Não fazer parte da audiência televisiva isentaria as pessoas do recorte perturbador dos programas que se desesperam por público. Carnificina e sangue seguem nutrindo uma emissora de nível fraco, sob os cuidados da diretora Nina, interpretada por Rene Russo.
Tão à beira de surtos quanto Nina é o personagem de Jake Gyllenhaal, Louis Bloom. Ególatra que descarta contato físico ou flerte, Louis investe em si próprio o tempo todo.
Louis tem um “jeito estranho de enxergar as coisas”, como ressalta seu colega de empreitadas noturnas Rick (Riz Ahmed, de 'O caminho para Guantánamo'). Radical e com olhar insano, aos poucos, Jake Gyllenhaal engole o filme, como fez no recente 'O homem duplicado'. Magro e com os olhos esbugalhados, que parecem extensões da câmera que maneja, Gyllenhaal é convincente ao fazer render temas básicos do filme, entre os quais ética, transgressão de lei e misantropia.
Tão à beira de surtos quanto Nina é o personagem de Jake Gyllenhaal, Louis Bloom. Ególatra que descarta contato físico ou flerte, Louis investe em si próprio o tempo todo.
Louis tem um “jeito estranho de enxergar as coisas”, como ressalta seu colega de empreitadas noturnas Rick (Riz Ahmed, de 'O caminho para Guantánamo'). Radical e com olhar insano, aos poucos, Jake Gyllenhaal engole o filme, como fez no recente 'O homem duplicado'. Magro e com os olhos esbugalhados, que parecem extensões da câmera que maneja, Gyllenhaal é convincente ao fazer render temas básicos do filme, entre os quais ética, transgressão de lei e misantropia.