A denúncia, apresentada a um tribunal de Los Angeles, alega que a "Sony fracassou na hora de garantir e proteger seus sistemas informáticos, assim como sua base de dados, o que a levou à difusão de informação confidencial dos demandantes e outros companheiros". O ciberataque foi perpetrado no dia 24 de novembro por um grupo autodenominado "Guardiões da Paz", ou GOP.
É "um pesadelo épico que mais corresponde a um thriller do que à vida real, e que se desenrola em câmera lenta para os funcionários atuais e antigos da Sony", diz a denúncia, de 45 páginas. "Informações confidenciais, como os cerca de 47 mil números de identificação de segurança social, expedientes de empregados incluindo salário e histórico médico e qualquer outro dado da Sony se tornaram públicos e poderão estar nas mãos de criminosos", continua o documento.
A demanda foi apresentada na segunda-feira por ex-funcionários dos estúdios de cinema, representando um grupo de pessoas afetadas pelo vazamento de informação, explicaram nesta terça-feira os advogados do escritório Keller-rohrback, que enviaram à AFP uma cópia da denúncia. "Devido ao fracasso da Sony em proteger dados confidenciais de seus funcionários atuais e antigos, este conteúdo está agora na internet, o que pode significar uma situação perigosa para essas pessoas", descreve a ação.
Durante uma reunião na segunda-feira com o pessoal da Sony na sede de Los Angeles, os encarregados da empresa garantiram que o ciberataque não afundará os estúdios, apesar de o GOP ter prometido um novo grande vazamento de dados como "presente de Natal". "Isto não nos destruirá", afirmou o presidente Michael Lynton. "Não há motivo para se preocupar com o futuro deste estúdio", acrescentou o comunicado. Segundo a imprensa, o ataque informático estaria relacionado com a estreia, no dia 25 de dezembro, de "A entrevista", uma comédia sobre um plano fictício da CIA para matar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un