Quando soube do projeto, Hawking o aprovou vagamente e não demonstrou muito entusiasmo, segundo o britânico James Marsh, vencedor de um Oscar em 2009 pelo documentário O equilibrista.
No entanto, depois de assistir ao longa, o físico se mostrou muito satisfeito, em particular com a performance do ator que o interpreta, o britânico Eddie Redmayne, que participou de Os miseráveis e é considerado, agora, um candidato potencial ao Oscar na categoria de melhor ator.
"Existirão outros filmes sobre mim depois da minha morte, mas este me agradou muito", declarou o cientista, contou Marsh em um bate-papo com o público, na quarta-feira (3), após uma projeção em Los Angeles.
O longa é centrado no primeiro casamento do físico mais conhecido do mundo, que deixou Jane em 1990, casando-se em seguida com sua enfermeira Elaine Mason. Esta segunda união durou dez anos.
A teoria de tudo mostra, principalmente, a luta "condenada a um grande fracasso" - nas palavras do pai de Hawking no filme - do casal contra a síndrome de Charcot, que aflige o físico. A doença neurodegenerativa implacável o deixou totalmente paralisado e contribuiu para o fim de seu casamento.
"É como um prisioneiro em uma cela. Seu pensamento o leva a lugares onde ninguém jamais foi, até aos buracos negros", estimou o cineasta.
O filme recebeu excelentes críticas após sua estreia no Festival de Toronto, em setembro, e soma 83% de comentários favoráveis no site Rotten Tomatoes, que monitora as resenhas cinematográficas.