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Morre Chico Cavalcanti, diretor de clássicos da pornochanchada

Cineasta passou por gêneros policiais e dirigiu filmes eróticos após ápice da Boca do Lixo paulistana

Agência Estado

- Foto: Facebook/ReproduçãoMorreu na madrugada desta quarta-feira o cineasta Francisco de Almeida Cavalcanti, o Chico Cavalcanti. Nos últimos tempos, ele vinha se tratando de um câncer intestinal no hospital dos Servidores Públicos do Estado. Um dos importantes diretores da Boca do Lixo, polo paulistano de produção de cinema independente e de lendárias pornochanchadas entre as décadas de 1960 e 1980, Cavalcanti iniciou sua carreira na direção de longas policiais, enveredou pelas pornochanchadas e terminou produzindo e assinando filmes eróticos.

 

Entre seus longas, estão Horas Fatais (1985), Ivone, a Rainha do Pecado (1984), Os Violentadores de Meninas Virgens (1983), Aberrações de uma Prostituta (1981), O Porão das Condenadas (1971) e O Instrumento da Máfia, seu último filme.
Versátil, ele ainda foi ator de vários longas que dirigiu e foi parceiro de realizadores como Alfredo Sternheim, Antônio Ciambra Mário Vaz Filho e José Mojica Marins, o Zé do Caixão, que chegou a também atuar em um filme de Cavalcanti, Padre Pedro e A Revolta das Crianças. Rodado em 1984, o longa é estrelado por Pedro de Lara e Gugu Liberato. Na trama, um padre (Pedro de Lara) luta contra um vilão (Mojica).

Atualmente, trabalhava na finalização de Meu Pai a 24 Quadros, que seu filho Fabrício Cavalcanti realizou para homenagear Cavalcanti e deve ser lançado em 2015. Além disso, o cineasta também estava reescrevendo o roteiro de A Irmã do Demônio. Projeto em conjunto com Mojica, o longa foi idealizado há mais de 20 anos e seria retomado no próximo ano.