Festival do Rio vai reunir produções de 60 países

Evento vai até outubro na capital fluminense. Entre os filmes exibidos está 'O sal da terra', sobre a carreira do fotógrafo mineiro Sebastião Salgado

por Estado de Minas 24/09/2014 10:14

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DECIA FILMS/DIVULGAÇÃO
O fotógrafo Sebastião Salgado em cena de 'O sal da terra', que será exibido hoje à noite (foto: DECIA FILMS/DIVULGAÇÃO)
Trezentos e cinquenta filmes de 60 países divididos em 15 mostras. Esses são os números do 16º Festival do Rio, que será realizado de hoje a 8 de outubro em 30 espaços da capital fluminense. Vencedor do prêmio especial da mostra 'Um certo olhar', do Festival de Cannes, o documentário 'O sal da terra', de Win Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, abre o evento. Com lançamento comercial entre dezembro e janeiro, o documentário traça os 40 anos de atuação de Sebastião Salgado sob as lentes de Wenders (que assinou longas antológicos sobre a obra da coreógrafa alemã Pina Bausch e o Buena Vista Social Club). O codiretor é filho do fotógrafo homenageado.


Muitas produções entre as mais esperadas do ano serão exibidas, em primeira mão, pelo festival carioca. É o caso de 'Boyhood – Da infância à juventude', de Richard Linklater (trilogia 'Antes do amanhecer'). Ao longo de uma década, o diretor, que levou troféu no Festival de Berlim, filmou a história do menino Mason (Ellar Coltrane), da infância ao fim da adolescência. Cineastas como David Cronenberg ('Mapas para as estrelas'), David Fincher ('Garota exemplar'), Mike Leigh ('Mr. Turner'), Ken Loach ('Jimmy’s Hall') e Moshen Makhmalbaf ('O presidente') terão seus mais recentes filmes apresentados no evento.


As produções nacionais participam da Première Brasil – são 69 longas e curtas, que vão disputar o Troféu Redentor. Entre os concorrentes estão as ficções 'Sangue azul', nova produção de Lírio Ferreira, 'O outro lado do paraíso', de André Ristum, e 'O fim e os meios', de Murilo Salles. De Minas participa o documentário 'My name is now, Elza Soares', de Elizabete Martins Campos. Na mostra Novos rumos, dedicada aos experimentais, há mais duas obras mineiras: 'Deserto azul', longa de Eder Santos, e 'Max Uber', curta de André Amparo.

Oscar País homenageado, o México ganha retrospectiva e exibe algumas novidades, como 'Cantinflas – A magia da comédia', de Sebastian del Amo, que vai concorrer com o brasileiro 'Hoje eu quero voltar sozinho', de Daniel Ribeiro, a uma vaga no Oscar de filme estrangeiro. Outras retrospectivas vão ocorrer no evento, uma dedicada ao italiano Roberto Rosselini (com a exibição de seis clássicos restaurados), outra ao americano Michael Cimino e a terceira a Hugo Carvana. Seu filme mais conhecido, 'Vai trabalhar, vagabundo', está completando quatro décadas.


Dois marcos do cinema ganham sessões especiais com cópias restauradas: 'A hard day’s night', de Richard Lester, e 'O massacre da serra elétrica', de Tobe Hooper. Para o encerramento do festival foi escolhido 'Trash – A esperança vem do lixo', de Stephen Daldry ('Billy Elliot', 'As horas' e 'O leitor'), que virá ao Brasil para o lançamento. Rodado no Rio de Janeiro, o longa narra a história dos meninos Raphael (Rickson Tevez), Gardo (Eduardo Luis) e Rato (Gabriel Weinstein), que vivem perigosas aventuras depois de encontrar uma carteira no lixão. O elenco traz Wagner Moura, Selton Mello, Rooney Mara e Martin Sheen.

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