Segundo longa de Eder Santos depois de quase 20 anos, 'Enredando as pessoas' foi feito em 1995 e, de lá para cá, o artista vem se dedicando às videoinstalações, 'Deserto azul' tem roteiro assinado pelo próprio diretor e por Mõnica Cerqueira. Ficção futurista de certo ar retrô, o longa convida o público a viajar ao lado do personagem central (interpretação de Odilon Esteves) em busca de sua própria transcendência. Além de elenco de peso – Maria Luíza Mendonça, Chico Diaz e Ângelo Antônio –, o filme tem cenário do mundo das artes, com instalações do próprio Santos e de lista seleta: Adriana Varejão, Fernando Rabelo, Carlito Carvalhosa, Nydia Negromonte, Leandro Aragão, Tom van Vliet e Judith Witteman, entre outros.
Outro representante de Minas é o também artista plástico, conhecido por suas instalações, André Amparo. Tanto por isso, 'Max Uber' aproxima o cinema das artes plásticas. O curta fala sobre a mercantilização da arte. “Momento em que você não sabe o que é bom ou ruim, belo ou feio. Então, é sinal de que alguma coisa está estranha”, explica Amparo. Em cena, o endeusamento da figura do artista, as obras multimilionárias. 'Max Uber' (über em alemão significa o máximo, daí o sobrenome do personagem) é um pseudônimo do cara que cria a obra dele na internet, inventa uma biografia e uma carreira com grandes exposições importantes – o papel é do ator mineiro Delani Lima. O curta mineiro concorre com outros 15 filmes, entre eles, 'Cloro', de Marcelo Grabowsky (RJ); 'Outono', de Anna Azevedo (RJ); 'O clube', de Allan Ribeiro (RJ); 'Edifício Tatuapé Mahal', de Carolina Markowicz e Fernanda Salloum (SP); 'Kyoto', de Deborah Viegas (SP); e 'Loja de répteis', de Pedro Severien.
Fruto de extenso trabalho de pesquisa da jornalista e cineasta Elizabete Martins Campos, 'My name is now', Elza Soares passeia pela vida e carreira da cantora. O filme disputa o Redentor de melhor documentário ao lado de nove produções, entre as quais 'À queima-roupa', de Theresa Jessouroun (RJ); 'A vida privada dos hipopótamos', de Maíra Bühler e Matias Mariani (SP); 'Campo de Jogo', de Eryk Rocha (RJ); e 'Esse viver ninguém me tira', de Caco Ciocler.
As obras das competições de Ficção, Documentário, Curtas e Novos rumos concorrem ao Troféu Redentor concedido pelo júri oficial (inclusive prêmios especiais). O público escolherá os melhores filmes de ficção, documentário e curta-metragem. Haverá também as mostras Hors concours e Retratos. Veja a programação completa em: www.festivaldorio.com.br.