Uma lei em vigor na cidade de Los Angeles desde novembro de 2012, que obriga o uso de preservativos em filmes pornográficos, provocou grande queda na produção local deste gênero no ano passado. Porta-vozes da indústria garantem que a tendência é cair mais em 2014 e travam um embate com a FilmLA, órgão responsável por conceder as licenças.

De acordo com o jornal Los Angeles Times, somente 40 permissões de gravação no município foram autorizadas em 2013, número bem inferior às 480 licenças dadas em 2012. A FilmLA só liberou apenas 20 autorizações no primeiro semestre deste ano.

A indústria local discorda da determinação e alega que solicitar exames de HIV do elenco das produções adultas é suficiente para conter o vírus. Eles ainda afirmam que há uma baixa procura de filmes em que as estrelas usam proteção. A recusa vem também por parte de muitos atores.

Segundo informações da BBC, produtoras estão deslocando suas atividades para cidades onde há menos regulamentação como San Diego, situada no sul da própria Califórnia, ou em outros Estados americanos, como o vizinho Nevada e a Flórida. Em casos extremos, até o Leste Europeu se torna uma alternativa para burlar a determinação.

Enquanto o uso de camisinhas em produções pornográficas tem despertado polêmica na indústria californiana, não existe esse tipo de controvérsia em países como o Reino Unido e o Canadá, que chegam a oferecer incentivos fiscais para a atividade.