Até domingo, o Teatro Oi Futuro Klauss Vianna recebe recorte interessante do Festival Internacional de Documentários – É Tudo Verdade, um dos principais dedicados ao gênero no país. Serão exibidos em Belo Horizonte os filmes vencedores da mostra.
Na abertura, na última quinta, foi apresentado Homem comum, de Carlos Nader, sobre um caminhoneiro. A entrada para toda sessões é grátis e devem ser retiradas uma hora antes do início.
No programa desta sexta, a partir das 16h, tem Gasoduto, de Vitaly Mansky; 20 centavos, de Tiago Tambelli (às 18h30) e Jasmine, de Alain Ughetto (às 20h). O filme de Vitaly Mansky conta a história do gasoduto Transiberiano, inaugurado em 1983, que trouxe altos lucros ao governo russo, mas não transformou a vida dos que habitam sua imensa extensão. de Urengoi a Colônia (Alemanha).
Já 20 centavos, de Tiago Tambelli, observa manifestações de rua em junho de 2013, em São Paulo, registrando diversas pulsões do movimento que começou com a revolta pelo aumento das passagens de ônibus.
Enquanto Jasmine, de Alain Ughetto, traz relato pessoal do animador e documentarista francês, que reconta seu romance do passado com Jasmine, que tem como pano de fundo a revolução iraniana.
Idealizador e diretor do festival, Amir Labaki afirma que sempre acreditou que, “num país com forte tradição não-ficcional como o nosso, havia muito mais desconhecimento pela dificuldade de acesso do que por resistência do público”. Por isso, ele sempre acreditou que, com o documentário mais perto de cada um de nós, “o gênero pôde afirmar seu prestígio.”
Para Labaki, fortaleceu-se o interesse sobre o gênero e o mercado se ampliou sensivelmente. “Passamos da média anual de dois longas documentais brasileiros para cerca de um terço das estreias nacionais, nos últimos cinco anos. Poucos são os títulos que alcançam nas salas sucessos mais marcantes de público, superando a marca de 50 mil ingressos vendidos. A dificuldade, aliás, não é especificamente brasileira, mas caracteriza o gênero nos mercados cinematográficos do mundo inteiro”, assegura
O QUE VER
Sexta
>> 16h – Gasoduto, de Vitaly Mansky
>> 18h30 – 20 centavos, de Tiago Tambelli
>> 20h – Jasmine, de Alain Ughetto
Sábado
>> 16h – A conexão brasileira: A luta pela democracia, de Helena Solberg, que vai bater papo com o público. Lançamento de livro sobre a diretora escrito pela jornalista Mariana Tavares
>> 18h30 – A fabricação de uma prostituta, de Shohei Imamura
>> 20h – Um homem desaparece, de Shohei Imamura
Domingo
>> 13h – Vida de menina, de Helena Solberg
>> 16h – Retorno a Homs, de Talal Derki
>> 18h – Ai weiwei – O caso falso, de Andreas Johnsen
>> 20h – Aldeia de Alao, de Li Youjie
Teatro Oi Futuro Klauss Vianna. Avenida Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras. Informações: (31) 3229-3131. Entrada franca.
Retirada de ingressos uma hora antes da sessão.