Transformers – A era da extinção, primeiro filme de uma segunda trilogia com os personagens da Hasbro, também faz arte com números. Estreou anteontem no Brasil em 1,1 mil salas já tendo sido visto por 1,6 milhão de pessoas (graças às duas semanas de pré-estreias diárias em 671 cinemas do país). Em cartaz desde 27 de junho nos EUA e na China (os dois países onde ocorre a ação), já é a maior bilheteria de 2014, batendo X-Men, Capitão América e Homem-Aranha, franquias que tiveram sequências lançadas este ano. “Filmes são para agradar e divertir as pessoas. Há um produtor muito famoso que diz que quem pode dizer se um filme é ou não bom é o público”, acrescentou Bay.
O cineasta que se tornou sinônimo de bilheterias exorbitantes graças aos três Transformers anteriores está no Brasil junto com o produtor Lorenzo Di Bonaventura e os atores Jack Reynor e Nicola Peltz, que dividem com Mark Wahlberg o protagonismo humano, por assim dizer, da aventura que traz os robôs aliens travestidos de veículos como principais estrelas. Com novos personagens, a história ganha um recomeço, quatro anos após os acontecimentos de O lado oculto da lua (2011), que destruiu Chicago. Agora caçados por um grupo paramilitar, os Autobots, sob o comando do Optimus Prime, se envolvem com um mecânico do interior do Texas apaixonado por robótica, sua filha e o namorado dela. Dos confins dos EUA o grupo vai parar em Hong Kong para tentar salvar a humanidade.
Há muito do Rio de Janeiro em Hong Kong, que concentra a segunda metade da narrativa de Transformers (riqueza e pobreza convivendo juntas num cenário de mar, montanha e floresta). E a capital fluminense chegou a ser cogitada para o filme. “Hollywood é muito pragmática. Ela dá, mas também pega. Se o governo ajudar, as coisas ficam mais fáceis. E a China nos disse: ‘Venham, vamos ajudar a fazer’,” disse Bonaventura. Além do gigante asiático, a “ajuda” de que fala o produtor veio ainda de uma série de grandes marcas (carros, lingerie, cerveja, roupas e acessórios) que ganharam merchandising ostensivo no filme.
Transformers é ainda a porta de entrada em grande escala para Jack Reynor e Nicola Peltz, jovens atores que até então haviam participado de produções menores. Reynor, por sinal, é um nome em ascensão. Este é o primeiro dos quatro filmes que fez este ano a estrear. Entre uma luta com carros-robôs e outra, o ator irlandês também atuou, ao lado de Michael Fassbender e Marion Cotillard, numa versão de Macbeth dirigida pelo australiano Justin Kurzel.
“Não tive muito tempo para me preparar para fazer Shakespeare, foi um desafio”, disse o ator de 22 anos, que defende Transformers como forma de escapismo. “As pessoas estão precisando de tempo para se esquecer dos problemas, de olhar o celular. Ninguém vai assistir a Transformers em busca de uma epifania. Um filme como esse existe por uma razão: divertir.”
Já Nicola, de 19, caçula de oito filhos do investidor bilionário Nelson Peltz, é mais conhecida do público como Bradley Martin, a amiga (e um algo a mais) do jovem Norman Bates da série Bates Motel, que mostra a juventude do serial killer eternizado por Alfred Hitchcock. A segunda temporada estreia nesta quinta, às 22h, no canal Universal. “Fiz apenas dois episódios nesta temporada. Mas volto para o terceiro ano da série (em 2015). Provavelmente, irei morrer”, entregou a atriz.
SUCESSO: 'TRANSFORMERS 4' EM NÚMEROS
US$ 100 milhões
arrecadação em três dias nos EUA, recorde no país em 2014
US$ 90 milhões
arrecadados em três dias na China, recorde na história daquele país
R$ 23milhões
arrecadados nas pré-estreias no Brasil (2 a 16 de junho)
1,1 mil
salas brasileiras exibem o filme
A repórter viajou a convite da Paramount