Brick Mansions é uma área miserável de Detroit, abandonada pela prefeitura local. Com isso, traficantes como Tremaine Alexander (RZA) impõem domínio sobre o local à força, por mais que sejam combatidos por Lino (David Belle), preso por matar um policial. Como um empreendimento imobiliário tem interesse em construir na região, a prefeitura tem de bolar um plano para desocupar o bairro. E se vale, para tanto, do detetive militar Damien Collier (Paul Walker). Com uma sinopse dessa, dá para imaginar tudo o que ocorre no filme '13º Distrito', de Camille Delamarre. E, realmente, o que você pensa ocorre mesmo.
Banal, bobo, malfeito, reunindo todos os preconceitos num único longa, '13º Distrito' é filme de ação old school, tipo Charles Bronson. Daqueles que defendem que, para aplicar a lei, é preciso violar a lei; para combater a corrupção, tem de ser corrupto; para enfrentar a barra pesada, é preciso ser mais barra pesada ainda. O mal vira o bem, a corrupção, a lei, a violência se transforma em exercício de civilidade. E os bandidos (o vingador, o traficante, o policial que extrapola) viram mocinhos. Tudo, literalmente tudo, no filme é ruim. Até a dublagem. Portanto, tire as crianças da sala.
'13º Distrito' é dedicado à memória do ator norte-americano Paul William Walker IV (Glendale, 12 de setembro de 1973 – Santa Clarita, 30 de novembro de 2013), que se tornou conhecido, em 2001, após interpretar Brian O'Conner nos filmes 'Velozes e furiosos' 1 e 2 (ele vai estar em 'Velozes e Furiosos 7', que será lançado em 2015). O ator morreu depois de o Porsche em que ele estava bater num poste ou árvore (a hipótese de que estivesse participando de um racha foi descartada pelo Departamento de Polícia de Los Angeles). O filme foi produzido e tem roteiro de Luc Besson (o diretor de 'Imensidão azul', 'Nikita' e 'O quinto elemento').