Em 'O menino no espelho', sob a direção de Guilherme Fiúza Zenha, Lino interpreta Fernando e Odnanref, personagens que alicerçam a adaptação de Sabino. A trama, construída sobre a história da relação de um garoto com uma cópia fidedigna que surge de uma imagem refletida num espelho, dá espaço para que o ator, hoje com 13 anos, contracene com Mateus Solano e Regiane Alves e dê prosseguimento à trajetória iniciada há alguns anos. O longa deve ser lançado em 19 de junho.
Em entrevista exclusiva, o ator-mirim paulista comentou o momento da carreira e como percebe a participação em uma produção nacional pretensiosa, baseada em um best-seller brasileiro. “O filme foi feito com muito carinho. Gostei muito de fazer, foi uma experiência muito boa. A história é meio universal, atemporal, consigo reviver a criança dentro de mim mesmo”, comentou.
Para caracterizar o menino e a cópia imaginada por Sabino, Lino revelou que optou por não ler o romance original, para que nada, além do roteiro adaptado de Zenha, interferisse na construção de Fernando e Odnanref. “Antes das filmagens, não podia ler o livro, para não influenciar como faria os personagens. O filme não corre exatamente nas linhas do livro. Então, não li até depois de terminar a filmagem”, comentou.
Em 'Game of thrones', desde a primeira temporada, lançada em 2011, Lino dá vida a Robin Arryn, um jovem problemático e mimado, herdeiro de uma família nobre e envolto num universo de polêmicas. No entanto, quando o ator-mirim fez o teste para compor o elenco, tentou preencher a vaga de Bran Stark, personagem mais participativo e central, hoje interpretado por Isaac Hempstead-Wright.
Segundo Lino, a recusa no teste ocorrera pela idade dele na época. “Primeiro, fiz uma audição para o Bran, mas acho que eles acharam que eu era muito novo. Depois de um tempo, consegui uma audição para o Robin Arryn e acabaram gostando, porque me chamaram de volta. Fiz outro texto e acho que consegui, né? (risos)”, revelou.
Apesar do percalço protagonizado pela recusa no primeiro teste, o ator não tem nada a lamentar e avaliou de forma positiva a participação na série que o fez alavancar a carreira a níveis internacionais. “Consegui crescer muito como ator, consigo explorar muito o personagem do Robin Arryn. Ele é tão louquinho, não tem uma barreira”, pontuou.
Três perguntas / Lino Facioli
Qual é o seu envolvimento com o personagem Robin Arryn? Como você faz para construí-lo?
Às vezes, tento entender os motivos dele. Tento entrar tanto no personagem, que só percebo o quanto ele é chatinho com as pessoas e por que as pessoas ficam com raiva quando saio do set e assisto algumas vezes. Só assim, consigo entender o ódio das pessoas por ele. Mas, quando estou fazendo, estou nele.
Você disse que não leu 'O menino no espelho' para não atrapalhar. E 'Game of thrones', leu para ajudar no personagem?
Foi mais pelo roteiro, tinha só uma ideia do que acontecia. Mas até pelo meu persoangem, que vive tão isolado, não é bom ficar juntando informação na minha cabeça, sobre o que está acontecendo em volta. Às vezes, tento até não saber muito, meu personagem é meio inocente, como se fosse um bebezão, né?
Como é seu reconhecimento na rua? Alguém já o parou para falar do seu personagem, para reclamar de alguma coisa?
Na verdade não muito. Além das entrevistas em jornais locais, não tem muito isso de sair na rua e ser reconhecido. As pessoas na rua não parecem misturar as coisas.