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'X-Men...' não acrescenta uma linha aos antecessores. Pelo contrário: “recicla” várias ideias deles. O maior problema é a carência de imaginação e o argumento surpreendentemente modesto, questão agravada pela precariedade da estrutura dramática. Quase todos os diálogos são banais e piegas. Ao procurar humanizar o mutante, faz-se dele caricatura do ser humano com retórica sobre “diversidade”. Os atores se ressentem visivelmente da falta de material para trabalhar, ficam “soltos”, andando para lá e para cá.
O diretor Bryan Singer avança em todas as direções (filme de ação, drama psi, ficção científica), mas o longa não consegue ser convincente (ou divertido) em nenhuma delas. O novo 'X-Men...' ficou, simplesmente, sem identidade.
Capricho
Um ótimo aspecto do novo longa é o visual. Letreiros, computação gráfica e figurinos foram produzidos com capricho e habilidade dignos de nota, inclusive explorando bem as possibilidades do 3D. Produto da harmônica integração entre fotografia, direção de arte e efeitos especiais, a visualidade gera sequências de impacto. Tal aspecto, ao atravessar todo o filme, acaba insinuando o que ele poderia ser, mas infelizmente não é: uma história ambientada em um universo levemente bizarro, na fronteira entre o humano e o sobre-humano. Um drama de figuras cuja história (inclusive “genética”) também está entre dois mundos.
ELES LUTAM DESDE 1963
Criada por Stan Lee e Jack Kirby, X-Men é uma equipe de super-heróis lançada pela Marvel Comics em 1963. A primeira revista em quadrinhos trouxe os personagens Professor X, fundador do grupo, Ciclope, Fera, Homem de Gelo, Anjo e Garota Marvel. Em 1970, essa tropa se tornou multirracial ao incorporar o alemão Noturno, o irlandês Banshee, o canadense Wolverine, o russo Colossus, a queniana Tempestade e o japonês Solaris. A turma
sobre-humana já estrelou vários filmes.
Confira o trailer de 'X-Men - Dias de um futuro esquecido':