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O primeiro 300 trouxe a luta dos espartanos contra o Exército persa. Agora, a trama gira em torno das estratégias de Themistocles (Sullivan Stapleton), que precisa unir a Grécia para resistir a outra invasão persa comandada por Xerxes (Rodrigo Santoro) e Artemísia (Eva Green). Apesar dos discursos sobre ideais, família e nação, A ascensão do império... é fantasia sombria (e sangrenta) sobre a guerra, o poder e heróis forjados nos campos de batalha.
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O filme em 3D tem visual exuberante, cenas espetaculares e muitos atores. As batalhas formam o eixo do segundo longa, que traz algumas das melhores cenas sobre o tema vistas no cinema. Com precisa articulação de fotografia, montagem e som, Murro recriou o mundo remoto, sem compromisso com o realismo e jeitão de HQ, povoado por deuses e guerreiros lendários. Ali está o cenário de conflitos que, até pela vasta literatura e sua constante evocação pelas artes, tornaram-se representações clássicas da guerra.
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A trama poderia até ser interessante, sem se tornar só o pano de fundo para um par “romântico”. Com isso, deixou-se de lado um tipinho antológico: o Xerxes de Rodrigo Santoro. A primeira imagem é dele, o que comprova o carisma do personagem. Mas, depois dessa aparição, Xerxes é trocado por tipos estandartizados. Tal simplificação dramatúrgica acaba em maniqueísmo.
Resta, então, uma situação desconjuntada: primeiro plano superficial e estandartizado, igualzinho a muitos outros produtos da indústria cinematográfica, e o “segundo” plano marcado por imagens e comentários ácidos sobre guerra, violência e insensatez das soluções bélicas. Não seria necessário complicar a trama – só um pouquinho de desenvolvimento dos personagens daria charme especial ao filme. Entretanto, o longa de Noam Murro foi prejudicado pela falta de coragem de ir um pouco mais longe e pelo excessivo apego a fórmulas narrativas.