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Estreando no gênero de favela-movie, o diretor paulista radicado em Brasília considerou um desafio a experiência. Ele, que tem no currículo longas como 'Se nada mais der certo' e 'Billi Pig', conta que sempre flertou com o estilo e sentia que estava na hora de fazer um projeto que abordasse o grande tema brasileiro: o abismo social. "Sem dúvida, foi um dos grandes filmes da minha vida. Pelo tema, pelo elenco, pelos parceiros como o Rodrigo (o produtor Rodrigo Teixeira), que está comigo em outro projeto, 'Gorila', que estreia neste ano ainda. Tudo isso foi um estímulo. É um longa físico e um thriller", resume.
Outro que recorda o episódio é o rapper MC Smith, que participa do filme e é morador do Complexo do Alemão. O artista revela que a sensação que teve foi de que estava morando em Israel. "Tinha tanto tiro, tanta bomba… Os próprios traficantes achavam que a polícia ia entrar apenas com o Bope. Só quem estava lá, como nós, os 200 mil moradores, sabemos o que se passou. A TV não mostrou nem um terço", frisa.
Cauã Reymond, que vive o traficante Playboy e pediu para fazer o vilão, também é produtor associado do filme. O ator, que já trabalhou em outras ocasiões com José Eduardo Belmonte, ressaltou o papel do diretor e dos colegas de elenco, sobretudo os moradores da comunidade. "Esse laboratório com o Smith, Sorriso, Jefferson Brazil e Micael Borges foi fundamental para compor meu personagem. Pedi para fazer o Playboy, mesmo sendo um papel menor. Espero que a gente tenha até um Alemão 2", aposta. O elenco traz ainda a revelação Mariana Nunes e Aisha Jambo.
* A repórter viajou a convite da Downtown Filmes.
Assista ao trailer do filme: