saiba mais
-
'Nebraska' chega ao Oscar com boas chances
-
Scarlett Johansson vai receber prêmio honorário nos César, o Oscar do cinema francês
-
'Hoje eu quero voltar sozinho' ganha primeiro trailer e estreia no Festival de Berlim
-
Meryl Streep é mais popular que Deus em discursos de agradecimento do Oscar
-
John Travolta poderá ser o vilão no próximo filme de James Bond
-
Grupo de especialistas tenta recuperar obras de arte roubadas em 'Caçadores de obras-primas'
-
Filme que retrata um amor virtual, 'Ela' tem estreia nesta sexta
Veja mais fotos do filme
Confira os horários das sessões
Muito do charme do filme vem da dupla que dá um show: os atores Judi Dench e Steve Coogan. Ela como uma irlandesa católica, simples, amante de livros românticos; ele, um jornalista cético, granfino e culto. Relação movida por contraste entre mundos socioculturais, mas também por visões distintas diante do drama, assim como das pessoas envolvidas nos fatos e até com relação ao que descobrem. O jogo de perspectivas sinaliza extenso arco de questões. Como a evidência de crueldades e hipocrisias de anteontem e de ontem, movida por conservadores e conservadorismo, que, naturalizadas, tornam-se “compreensíveis” e até hoje são evocadas com nostalgia. Ou populismo midiático explorando e manipulando situações em proveito próprio. Há muito mais ao longo de todo o filme.
O modo espontâneo como todos os aspectos se articulam, criando conversa fluente com o público sobre temas importantes, chama a atenção para algo que se tornou raro no cinema: o prazer de curtir a habilidade e a sensibilidade de um diretor maduro, senhor de seu ofício, que não é apenas um técnico. O nome do herói do filme é, de fato, Stephen Frears, britânico de 73 anos. Às voltas com o audiovisual desde o fim dos anos 1960, fez séries para a televisão e programas para a BBC e, a partir de 1984, dedicou-se ao cinema. É de 1985 um clássico dele do cinema dos anos 1980: 'Minha adorável lavanderia'. A estreia em Hollywood foi com o filme 'Ligações perigosas' (1988), que ganhou três Oscars em sua carreira ‘‘dourada’’: Palma de Ouro (em Cannes), Urso de Ouro (em Berlim) e indicação para Leão de Ouro (Veneza).
SAIBA MAIS
PAPO COM O PAPA
O filme de Stephen Frears é uma adaptação do romance The lost child of Philomena Lee Martin Sixsmith. A irlandesa Philomena Lee, de 80 anos, que inspirou a história, foi recebida pelo papa Francisco. Ela coordena projeto dedicado a ajudar outras mães a encontrarem os filhos desaparecidos.
OSCAR
Philomena concorre a melhor filme, melhor atriz (Judi Dench), trilha sonora e roteiro adaptado
Confira o trailer do filme: