O cineasta realizou cerca de 20 obras. A última foi Leila, de 2001. Nenhuma delas superou o sucesso de A festa de Babette, apresentado como projeto pela primeira vez em 1973 e rodado apenas uma década depois. O filme é adaptação do romance homônimo da escritora dinamarquesa Isak Dinesen. Faturou o Bafta (Reino Unido) em 1989, na categoria de melhor filme em língua não inglesa, e foi indicado nas categorias de melhor atriz (Stéphane Audran), melhor fotografia, melhor direção e melhor roteiro adaptado. No Festival de Cannes (França) de 1987, recebeu o prêmio ecumênico. E no Festival du Cinéma Nordique de Rouen (França), em 1988, recebeu os prêmios da audiência e do grande júri.
A festa de Babette se passa em 1871, em uma noite de tempestade, quando Babette chega a um vilarejo, na Dinamarca, fugindo da França durante a repressão à Comuna de Paris. Ela se emprega como faxineira e cozinheira na casa de duas solteironas, filhas de um rigoroso pastor. Ali ela vive por 14 anos, até que um dia fica sabendo que havia ganhado uma fortuna na loteria. Em vez de voltar à França, ela pede permissão para preparar um jantar em comemoração ao centésimo aniversário do pastor. A princípio, os convidados ficam assustados, temendo ferir alguma lei divina ao aceitar um jantar francês, mas acabam comparecendo e se deliciam com a festa de Babette.