Rodado em cinemascope em preto e branco para refletir a beleza sombria das cidades do interior dos EUA e os enormes contrastes entre o humor e o desgosto no filme, a história agrega contornos cômicos a questões como raízes e segredos familiares, desilusão, dignidade, valor próprio e o anseio silencioso por um arremedo de salvação.
Frequentemente citado como “diretor de atores”, Alexander Payne incentiva seus atores a criarem desempenhos despojados, naturais, apenas com os elementos essenciais de comédia, tragédia e humanidade. Payne sabia que a história sutil e emocional de Nebraska só funcionaria bem com desempenhos arriscados e naturalistas.
Payne também se interessou pelo que se tornou uma experiência quase universal na sociedade atual que vem envelhecendo: ver nossos pais envelhecendo de maneiras que podem ser ao mesmo tempo desconcertantes e reveladoras. “Como eu próprio tenho pais idosos, identifiquei-me com David. Não passei exatamente pela mesma situação, é claro, mas conheço as mesmas emoções”, afirma o ator Bruce Dern. “Uma das coisas que realmente me agradaram na história foi a vontade de David de dar um pouco de dignidade ao pai. Esse era um tema importante e pessoal para mim”, conclui.
O filme, que tem estreia prevista para sexta-feria, tem seis indicações ao Oscar, inclusive a de melhor diretor para Alexander Payne e a de melhor ator para Bruce Dern.
Assista ao trailer do filme: