

Baseado no livro de mesmo nome, escrito por Luttrell, e dirigido por Peter Berg, o filme é antes de mais nada um tributo aos protagonistas da operação Red Wings (Asas Vermelhas), que terminou com a morte de 19 membros dos Navy SEALs, principal força de operações especiais da Marinha americana, por forças talibãs na remota província afegã de Kunar, perto da fronteira com o Paquistão, em 1995.
"Queria olhar os pais nos olhos. Queria fazer com que Marcus e os parentes ficassem orgulhosos", disse Berg ao comentar o maior desafio que sentiu ao enfrentar a adaptação das memórias de Luttrell, que estava ao seu lado na apresentação do filme em Nova York.
saiba mais
'Ninfomaníaca' ganha seu cartaz mais ousado até agora
Começa em BH a Mostra de Cinema Espanhol e Latino-Americano
Festival Internacional de Cinema da Bienal de Curitiba chega a BH
Novo Godzilla tem primeiro trailer divulgado
Fábio Porchat dá voz a personagem da animação Frozen: uma aventura congelante
Três SEALs morreram em combate, assim como outros 16 soldados das "Operações Especiais", que tiveram o helicóptero derrubado quando seguiam em apoio ao primeiro time.
Ferido e perseguido pelos talibãs, Luttrell foi encontrado por moradores da região que o protegeram com base em uma antiga tradição afegã e enviaram um emissário à base militar americana mais próxima para que fosse resgatado três semanas mais tarde.
Irmandade forjada com sangue, dor e suor
Com cenas brutais, como o momento em que os SEALs encurralados se jogam em um precipício, Lone Survivor presta homenagem ao heroísmo, solidariedade e senso de dever dos soldados caídos.
Também mostra detalhes da formação e da vida diária dos comandos de elite da Marinha americana, utilizados para operações de alto risco e contra dirigentes, por exemplo, a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, em seu esconderijo no Paquistão em 2011.
"Estou muito feliz com o que fiz, é um grande trabalho. É um filme, é entretenimento. Na vida real é guerra e não há entretenimento", afirmou Luttrell, explicando que os SEALs forjam uma irmandade "com sangue, dor e suor".
Para Berg, que dirigiu Battleship, o filme é "uma oportunidade para a audiência reconhecer o que estes jovens estão fazendo", assim como a oportunidade de "separá-los da política, dos políticos que decidem para onde são enviados".
O componente patriótico está muito presente no filme, que não questiona em nenhum momento a guerra no Afeganistão e que termina com uma série de fotos e filmagens caseiras dos SEALs mortos na operação.
Os atores (Wahlberg, Taylor Kitsch, Eric Bana e Emile Hirsh, entre outros) destacaram que consideraram um privilégio interpretar os militares mortos. Parentes e amigos das vítimas ajudaram na preparação.
"Não gosto da guerra, mas adoro os soldados", afirmou Wahlberg, que também é um dos produtores do filme.
O ator disse que Luttrell o inspirou "a ser uma pessoa melhor".
Wahlberg disse ainda que as filmagens, no Novo México e com o apoio das Forças Armadas americanas, foram uma "experiência única".
Lone Survivor, da Universal Pictures, estreia em 27 de dezembro em circuito limitado nos Estados Unidos e em 10 de janeiro em todo o país, mas ainda não tem data de lançamento no Brasil.