Fãs da série Doctor Who se reuniram em BH para sessão comemorativa

Os whovians se encontraram para assistir 'The day of the Doctor', filme que celebra os 50 anos do viajante do tempo

por Mariana Peixoto 25/11/2013 06:50

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TÚLIO SANTOS/EM/D.A PRESS
Vestidos a caráter, fãs d'O Doutor participaram da festa no Pátio Savassi (foto: TÚLIO SANTOS/EM/D.A PRESS)
Doutor quem? Tal pergunta rondou a cabeça de muita gente nos últimos dias. Motivos não faltaram, já que até o Google se rendeu a ele, com um doodle que trazia joguinho homenageando o personagem. Para outro tanto de gente, o fim de semana foi de comemoração. Doctor Who, produção inglesa de ficção científica, completou sábado exatos 50 anos.
A rede BBC celebrou a data exibindo, não só no canal, mas em todo o mundo, o especial 'The day of the Doctor'. A transmissão no cinema, em 3D, foi simultânea. No Brasil, ocorreu sábado, às 17h50, na rede Cinemark, em 36 cidades. Como a procura foi grande e os ingressos esgotaram-se em várias salas, foram ao todo 66 sessões, incluindo reprises na manhã de ontem.

É um fenômeno tardio no Brasil, levando-se em consideração a longevidade da produção. Mas vem movimentando um séquito de fãs, que a descobriram na internet. Para não iniciados, Doctor Who conta a história d’O Doutor, um alienígena viajante do tempo que explora o universo a bordo da Tardis, nave espacial que no exterior se assemelha a uma cabine da polícia londrina dos anos 1960. Foi lançado, sem muita pretensão, em 23 de novembro de 1963 (o primeiro episódio custou apenas 2,4 mil libras).

Episódios perdidos

A chamada fase clássica foi produzida até 1989. Foram centenas de episódios, muitos deles hoje perdidos. A série voltou a ser produzida em 2005, e daí ganhou novo status (da segunda fase, já foram exibidas sete temporadas, de um total de 26). Com as mudanças temporais, diferentes atores interpretaram O Doutor, 11 na totalidade. O próximo episódio, especial que irá ao ar em 25 de dezembro, deve trazer seu novo intérprete, o ator Peter Capaldi.

É um resumo básico para tanta história. Que o digam os whovians, como são chamados os fãs da série. Na tarde de sábado, vários deles se reuniram a caráter no Pátio Savassi para assistir à transmissão. Júlia Gobbo, de 18 anos, estava de Tardis. Assistiu à série pelo site de streaming Netflix e achou “sensacional” poder ver o episódio especial ao lado de tantos fãs. “Colocaram vários detalhes da série antiga, foi um episódio feito para os fãs”, disse ela, que gritou e bateu palmas, assim como vários espectadores, em vários momentos da exibição. Suzana Nature, física de 28 anos, é uma expert na série. Guarda em casa 200 gigas de memórias dedicados exclusivamente a Doctor Who. “O episódio foi perfeito, pois mudou totalmente o rumo da série. O personagem achava que seu planeta, Gallifrey, tinha sido destruído. Só que descobriu que não”, comentou ela, que vestia roupa igual à do Doutor atual, interpretado por Matt Smith.


Também vestida como o 11º Doutor, Viviane Azevedo, 27 anos, organizadora do encontro no Cinemark, só achou o 3D desnecessário. “Foram apenas efeitos de profundidade, nada de muito especial.” Muito diferente do episódio em si, que deu para ver “que foi feito de fã para fã, com muitas referências.” Nas redes sociais, o entusiasmo era o mesmo.

Dois dos cinco administradores da equipe Doctor Who Brasil (criada em 2011, tem site próprio, Facebook com 14 mil seguidores, Instagram, Tumblr e Twitter), Thaís Aux e Freddy Pavão, contam que antes do boom dos 50 anos, tinham uma média de 1 mil acessos diários. A média já triplicou, e houve dias com picos de até 8 mil acessos. Ainda que a internet seja o principal canal para disseminação da série, o fato de ela ter chegado à TV Cultura (que exibiu, desde março de 2012, as sete temporadas da nova fase) contribuiu para aumentar o interesse pela produção inglesa. “E ela é mais vista por meninas do que meninos. Não é uma série só de ficção científica, mas mistura também fantasia e romance, que são temas universais”, comenta Thaís. 

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