O ano está quase no fim, mas a agenda de trabalho de Marcelo Serrado não. Até meados de dezembro, ele estreia na televisão o especial Alexandre e outros heróis, baseado em dois contos de Graciliano Ramos, com direção de Luis Fernando Carvalho, no qual interpreta mestre Libório, cantador de embolada. Duas semanas antes, também na TV, Marcelo estreia 'A mulher de sua vida', quadro do Fantástico. Ainda em dezembro, o ator inicia as filmagens do longa João, homenagem ao maestro João Carlos Martins, com direção de Bruno Barreto. E em abril de 2014 começa a rodar outro longa, No retrovisor, dirigido por Marcelo Rubens Paiva. Antes de tudo isso, o ator carioca de 46 anos está envolvido com o lançamento de 'Crô, o filme', que chega aos cinemas na próxima sexta.
O personagem, grande sucesso da novela 'Fina estampa' (2011), volta à cena milionário, com saudades dos tempos em que era mordomo da socialite Tereza Cristina (Christiane Torloni) no folhetim de Aguinaldo Silva. Crô mantém o bom humor – em frases, caras e bocas – que conquistou adultos e crianças. “Crô é um dos poucos personagens que podem sair das novelas para o cinema. Acho que, além dele, talvez o trio das empreguetes da novela 'Cheias de charme', de 2012. É preciso ter carisma com o público”, pondera o ator. “Claro que não poderíamos deixar passar muito tempo entre a novela e o longa. Era preciso que o personagem ainda estivesse na memória dos espectadores”, emenda Marcelo, lembrando o caso de Giovanni Improtta, outro personagem de Aguinaldo. O filme estrelado por José Wilker chegou às telas quase 10 anos depois da novela Senhora do destino.
Sintonia
O convite para levar Crô ao cinema foi de Bruno Barreto. “Achei interessante a ideia, mas minha maior preocupação era que o roteiro fosse escrito pelo autor da novela, que conhece o personagem melhor que ninguém”, diz Marcelo Serrado, que passou por Belo Horizonte para a pré-estreia do filme. Mesmo com o frescor (sem nenhum trocadilho) de Crô em sua cabeça, o ator conta que precisou rever cenas da novela para promover sua reaproximação com o mordomo de Tereza Cristina (ela não aparece no longa). Mas Baltazar Fonseca (Alexandre Nero) estará presente e é garantia de algumas das melhores cenas do filme. A sintonia entre ele e Serrado permanece. “Trabalhar com Nero é muito bom. Com ele criei muitas cenas que funcionaram no improviso”, conta Serrado. Na telona a história vai além da mansão onde o mordomo vive. A história se desenvolve em meio à exploração de trabalho escravo e, finalmente, tem fim romântico e surpreendente para quem acompanhou a novela.
Experiência
Marcelo Serrado também deu sua colaboração na finalização do longa. Bruno Barreto enviou ao ator um DVD sem cortes para que ele sugerisse ajustes. “Bruno foi muito generoso em pedir a minha colaboração. Como sei muito sobre o personagem, acho que, de alguma forma, contribuí para o resultado”. Marcelo reconhece que Crô foi um de seus papéis mais importantes. Com a história do mordomo gay, submisso à patroa e apaixonado pelo motorista dela, o ator ganhou os principais prêmios de festivais de cinema em 2011. Marcelo acredita que a boa repercussão do trabalho seja consequência do acúmulo de experiência ao longo de 26 anos de carreira, desde a sua estreia na novela 'Corpo santo', na Rede Manchete, em 1987. “O mercado está muito competitivo. Se o ator não radicalizar, não rola”, ensina, torcendo pelo sucesso, agora na telona, em mercado que tem as comédias nacionais atraindo até 2 milhões de espectadores. “Pelo que estou vendo nas pré-estreias, 'Crô, o filme' vai concorrer com tantos outros filmes do cinema nacional”, avalia, confessando que a continuação só deve sair caso eles tenham público acima de 1 milhão. Mas, otimista, Marcelo acredita que “o filme vai pegar”.
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Sintonia
O convite para levar Crô ao cinema foi de Bruno Barreto. “Achei interessante a ideia, mas minha maior preocupação era que o roteiro fosse escrito pelo autor da novela, que conhece o personagem melhor que ninguém”, diz Marcelo Serrado, que passou por Belo Horizonte para a pré-estreia do filme. Mesmo com o frescor (sem nenhum trocadilho) de Crô em sua cabeça, o ator conta que precisou rever cenas da novela para promover sua reaproximação com o mordomo de Tereza Cristina (ela não aparece no longa). Mas Baltazar Fonseca (Alexandre Nero) estará presente e é garantia de algumas das melhores cenas do filme. A sintonia entre ele e Serrado permanece. “Trabalhar com Nero é muito bom. Com ele criei muitas cenas que funcionaram no improviso”, conta Serrado. Na telona a história vai além da mansão onde o mordomo vive. A história se desenvolve em meio à exploração de trabalho escravo e, finalmente, tem fim romântico e surpreendente para quem acompanhou a novela.
Experiência
Marcelo Serrado também deu sua colaboração na finalização do longa. Bruno Barreto enviou ao ator um DVD sem cortes para que ele sugerisse ajustes. “Bruno foi muito generoso em pedir a minha colaboração. Como sei muito sobre o personagem, acho que, de alguma forma, contribuí para o resultado”. Marcelo reconhece que Crô foi um de seus papéis mais importantes. Com a história do mordomo gay, submisso à patroa e apaixonado pelo motorista dela, o ator ganhou os principais prêmios de festivais de cinema em 2011. Marcelo acredita que a boa repercussão do trabalho seja consequência do acúmulo de experiência ao longo de 26 anos de carreira, desde a sua estreia na novela 'Corpo santo', na Rede Manchete, em 1987. “O mercado está muito competitivo. Se o ator não radicalizar, não rola”, ensina, torcendo pelo sucesso, agora na telona, em mercado que tem as comédias nacionais atraindo até 2 milhões de espectadores. “Pelo que estou vendo nas pré-estreias, 'Crô, o filme' vai concorrer com tantos outros filmes do cinema nacional”, avalia, confessando que a continuação só deve sair caso eles tenham público acima de 1 milhão. Mas, otimista, Marcelo acredita que “o filme vai pegar”.