
Daniel Sousa, de 39 anos, diz que o Anima Mundi é um dos mais prestigiados e melhores festivais do mundo, por isso ser selecionado já foi uma honra. "Ganhá-lo, então, está além da minha compreensão." Ele diz que a chance de concorrer ao Oscar é um bônus, mas que ele não acredita que o filme vá muito além disso.
"Seria muito legal ser um dos indicados, mas não estou contando com isso. Estou muito mais animado com o prêmio real no Anima Mundi." Sabia que queria lidar com a ideia do que define um ser humano, em contraste com o mundo animal, ou mesmo no vácuo, então a noção de extrair uma criança da sociedade e colocá-la na natureza parecia uma solução", diz.
Ele então pesquisou diversas histórias de crianças selvagens ao longo da história. "Adorei como fatos reais estavam geralmente entrelaçados com lendas urbanas, contos de fadas e mitos. Eventualmente, criei minha própria história amalgamada."
O público do festival foi em uma direção diferente e preferiu o curta alemão 'Der notfall', de Stefan Müller, que mistura diferentes técnicas de animação, como modelagem 3D, recortes e desenho. A obra mostra um dia de um jovem e suas desventuras envolvendo bares, sua família, uma ambulância e uma vaca apaixonada.
O filme franco-belga 'Couleur de peau: Miel' (aprovado para adoção), de Laurent Boileau e Jung, foi escolhido como o melhor longa. O melhor curta brasileiro, de acordo com o público carioca, foi Faroeste: Um autêntico western, dirigido por Wesley Rodrigues, da Escola Goiana de Desenho Animado. O Anima Mundi chega a São Paulo nesta quarta-feira, 14, com exibições no Cine Olido e no Espaço Itaú de Cinema.