Um dos cineastas mais importantes da história do cinema brasileiro, nomeado por Glauber Rocha como o ponto de partida do cinema novo, Humberto Mauro teve uma larga produção nos campos do documentário e da ficção. No curso do Arte em Foco será examinado, em um primeiro momento, o período de formação do cineasta, em Cataguases, onde ele realizou filmes como 'Sangue mineiro' (1930), e a sua consolidação no Rio de Janeiro a partir das produções na Cinédia, em especial 'Ganga bruta' (1933), e na Brasil Vita Films, com destaque para 'Argila' (1940).
A segunda aula abordará o seu vínculo com o Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE), criado em 1936 pelo governo Getúlio Vargas. O diretor mineiro participou diretamente ou não da confecção de cerca de 300 filmes de curta e média metragens entre 1936 e 1964. O olhar será dirigido aos filmes feitos durante o Estado Novo, trazendo para o debate também 'O descobrimento do Brasil', (1937), dirigido por Mauro, produzido pelo Instituto de Cacau da Bahia e com trilha sonora de Heitor Villa-Lobos, feita especialmente para o filme. E a última aula terá como eixo a produção posterior, tanto a feita dentro do INCE, com destaque para a série 'Brasilianas' (1945 a 1956) e 'A velha a fiar' (1964), bem como aquele que seria o seu último filme de longa-metragem, 'O canto da saudade' (1952), em Volta Grande.
Informações: (31) 3213-7112.