

A história se passa no início da colonização brasileira, no século 16, e é contada por meio de três mulheres cristãs-novas, enviadas pela rainha de Portugal à colônia, com a missão de se casar e povoar as novas terras da coroa portuguesa.
“Em 242 anos de existência da Inquisição, de 1579 a 1821, foram realizados 500 processos contra brasileiros e pessoas que residiam aqui,” conta Elza Cataldo, lembrando que os principais alvos do chamado Santo Ofício eram os cristãos- novos, bígamos, blasfemos, praticantes de bruxaria e aqueles que adotavam condutas sexuais condenadas pela Igreja. Muitos deles terminaram mortos em fogueiras.
Com o longa 'Vinho de rosas', Elza Cataldo recebeu, entre outros prêmios, o de melhor diretora estreante no Festival Internacional de Batumi, na Geórgia (EUA), em 2006. Ela dirigiu vários curtas de sucesso, como 'O crime da atriz', prêmio de melhor curta brasileiro do júri e do público e prêmio TeleImage na Mostra Internacional de São Paulo 2007. Há cinco anos, ela vem se dedicando a pesquisas, em Portugal e no Brasil, para a elaboração do roteiro do novo filme.
Três produtoras se uniram para realizar o filme/série: ITMix e Arte em Movimento, ambas do Rio de Janeiro, e a mineira Persona Filmes. À frente da produção estão Isabel Gouvêa, coordenadora de arte de Lavoura arcaica, e Fabrício Coimbra, diretor-executivo dos documentários Flores de pilões e Silêncio das inocentes. Para a diretora, As órfãs da rainha pode ser resumido como ”um filme sobre amor e intolerância, que guarda relação estreita com estes tempos conturbados em que vivemos”.