O premiado diretor Steven Soderbergh se despediu do cinema com um filme sobre o conturbado amor entre entre dois homens - interpretados por Michael Douglas e Matt Damon. "Beheind the Candelabra" foi considerado "gay demais" por Hollywood e disputa a Palma de Ouro, em Cannes.
Soderbergh, congratulado com o prêmio máximo do Festival em 1989, confirmou à imprensa nessa terça-feira que 'Behind the Candelabra', que tem estreia mundial em Cannes, será seu último filme, pelo menos por um tempo. "Vou fazer uma pausa (do cinema), mas não posso dizer quanto tempo vai durar. Não posso afirmar que é o último filme que vou fazer", disse Soderbergh, que tem vontade de explorar outras formas de expressão, depois de uma trajetória de 25 anos na sétima arte.
A obra revive Wladziu Valentino Liberace, pianista e cantor que morreu em 1987 e que sempre temeu que a divulgação da sua homossexualidade arruinasse sua carreira. O viril Michael Douglas encarna a lenda com seus ternos de lamê, candelabros dourados sobre o piano, maquiagem pesada, peles e lantejoulas e que tinha prazer em ser levado ao palco por um Rolls Royce branco.
Matt Damon (o protagonista e "Identidade Bourne) dá vida ao amante de Liberace, Scott Thorson. Ambos demonstram a grandeza do seu talento. É muito raro que um filme produzido para a televisão, como esse, participe da competição do maior festival de cinema do planeta. Diante da recusa de financiamento dos grandes estúdios de Hollywood, Soderbergh negociou com o canal de TV HBO, que liberou o dinheiro. O canal americano estreará "Behind the Candelabra" no próximo domingo, quando o júri do Festival de cannes, presidido pelo cineasta e produtor Steven Spielberg, anunciará os vencedores.