Produzido pela Disney, 'Oz: Mágico e poderoso' chega aos cinemas no meio de uma onda de remixes de contos de fadas e clássicos da literatura fantástica infanto-juvenil. O filme, porém, vai além desse modismo e é um exemplo de como o recurso do 3D pode ter algum significado independente dos oportunismos do mercado. O ilusionismo, afinal, é um dos principais temas da história.

O filme mostra as origens do personagem-título e funciona como uma espécie de prólogo para 'O mágico de Oz'. Como no musical de 1939, a realidade é retratada em preto & branco, enquanto o mundo encantado é colorido. Os macacos alados, a bruxa verde e a estrada de tijolos amarelos estão de volta, agora recriados pela computação gráfica tridimensional. Tudo parece computadorizado demais, mas essa artificialidade seria justificada para reforçar o clima de fantasia. Efeitos especiais digitais, afinal, atualmente dominam imaginário das crianças.

Interpretado por James Franco, Oz era um mágico comum, que apresentava números baseados em truques. A honestidade desse tipo de profissão, que precisa enganar as pessoas para funcionar, é seu maior dilema. Ao ser transportado para o mundo da fantasia, ele precisará provar que tem valor para poder se tornar rei e salvar toda uma população de adoráveis criaturinhas atormentadas por uma bruxa má. Michelle Williams, Rachel Weisz e Mila Kunis também estão no elenco. A direção é de Sam Raimi (Homem-Aranha, Arraste-me para o inferno).

Além do ambiente e de alguns personagens, há diversas citações à obra original. O espantalho, o leão e o Homem de Lata, por exemplo, não aparecem, mas recebem homenagens indiretas em detalhes. De certa forma, são substituídos por figuras igualmente curiosas como uma boneca de porcelana e um mico alado.

 

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