Último brasileiro indicado ao Oscar, 'Central do Brasil' completa 15 anos às vésperas de nova edição da premiação

Lançado em 1998, filme de Walter Salles foi indicado ao prêmio de Filme Estrangeiro e colocou Fernanda Montenegro na lista das atrizes que já estiveram na disputa pela estatueta

por Correio Braziliense 22/02/2013 13:42

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Canal Brasil/Divulgação
Último filme brasileiro considerado pela Academia foi lançado em fevereiro de 1998 (foto: Canal Brasil/Divulgação)

Há exatos 15 anos um garoto de olhos lacrimosos exigiu a devolução de uma carta enderaçada ao pai que não conhecia. A cena aconteceu em meio ao burburinho da Estação Central do Brasil e não recebeu a atenção de ninguém que por ali passava. Esta não é uma história real, não foi narrada em páginas de jornal e não recebeu glórias literárias.

 

Em 22 de fevereiro de 1998, era lançado o filme 'Central do Brasil', de Walter Salles, onde o menino Josué (Vinicius de Oliveira) e Dora (Fernanda Montenegro) eram unidos pelo destino de um garoto órfão e uma escrevedora de cartas. Em 1998, sem o avanço da telefonia e a popularização dos computadores pessoais, o Brasil era ligado pela correspondência física e a nova profissão da ex-professora Dora era escrever cartas ditadas por analfabetos, passageiros esquecidos no contexto cruel das grandes cidades brasileiras.

 

A história da história de 'Central' será retificada nesta sexta-feira, 22, às 22h, em programação especial no Canal Brasil, restrito a assinantes de TV a cabo.

No ano seguinte, em 1999, Dora e Josué desfilavam pelo veludo vermelho da cerimônia de entrega dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. A dama máxima do teatro brasileiro conheceu de perto a guia do lobby dos estúdios ao perder a estatueta de melhor intérprete feminina para uma atriz de habilidades limitadas, Gwyneth Paltrow.

 

O discurso indignado de Fernanda praguejava o sistema, capaz de florescer na influência dos irmãos Bob e Harvey Weinstein ao promover Shakespeare apaixonado, dirigido por John Madden, um filme sem muitos predicados.

MAIS SOBRE CINEMA