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'Flores raras': longa brasileiro é bem recebido no Festival de Berlim

Berlim – O diretor Bruno Barreto se emocionou no final da projeção para o público de 'Flores raras' ('Reaching for the moon') no Friedriechstad Palast. Sobravam poucos lugares na segunda maior sala do festival de Berlim. O público reagiu calorosamente, dedicando a seu filme o mais longo aplauso desse evento.

'Reaching for the moon' trata da ligação entre a poeta Elizabeth Bishop e a paisagista brasileira Lota de Macedo Soares. O que tem de melhor é a qualidade da interpretação e, nesse quesito, apesar do reconhecido talento de Glória Pires (como Lota), as honras vão para Miranda Otto, que faz Elizabeth.

“Foi minha experiência mais intensa de interpretação. Coloquei as entranhas nesse filme”, afirmou Miranda. Bruno contou aos jornalistas que sua mãe, a produtora Lucy Barreto, possuía os direitos do livro e lhe ofereceu a direção. Mas o que o levou a descobrir o material foi a peça 'Flores raras', de Martha Goes, a quem ele agradeceu em público.

O cineasta explicou que seu interesse foi pelo tema da perda. Em 'Flores raras', a mulher forte se fragiliza (Lota) e a frágil descobre sua fortaleza (Elizabeth).
O brasileiro dirigiu também 'Dona Flor e seus dois maridos', blockbuster do cinema nacional, e 'Última parada: Ônibus 174'.

IRÃ

Terça-feira, 12, foi o dia de Jafar Panahi no Festival de Berlim. O cineasta iraniano, confinado em seu país, conseguiu fazer um filme que chegou à Berlinale. Em 'Closed courtain' (Cortina fechada), um homem se isola tentando proteger seu cão, considerado animal impuro pelo islamismo radical. O longa recebeu aplausos, provavelmente pela situação do diretor, mas também foi vaiado.

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