Vai até o dia 17 de fevereiro a terceira edição do maior evento de cinema virtual do mundo. Tudo acontece na internet, que abriga o My French Film Festival - mas você tem de digitar tudo junto, com letras maiúsculas e minúsculas e acrescentar, no final, .com. O festival oferece ao internauta de 12 diferentes línguas, em todos os países, a oportunidade de assistir a dez longas e dez curtas, escolhendo entre eles o melhor. Uma outra seção do programa privilegia o que a organização chama de 'Filmes do Patrimônio'. São três, exibidos fora de concurso, incluindo 'Les tontons flingueurs', de Georges Launter, de 1963, que passou no Brasil como 'O testamento de um gângster'.
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'La pirogue', do senegalês Moussa Touré, integrou o Festival Varilux no ano passado (e o próprio diretor veio ao Brasil). Trata do tema de imigrantes africanos que buscam na Espanha, hoje em crise, o seu Eldorado. 'La désintegration', de Philippe Faucon, vai um passo adiante e retrata a revolta de jovens de ascendência muçulmana que não se sentem integrados à sociedade francesa, em Lille.
MyFrenchFilmFestival é uma iniciativa da UniFrance. A empresa vale-se agora das novas tecnologias e redes sociais para expandir seu público. Numa espécie de manifesto do seu festival, Régine Hatchondo, diretora-geral da UniFrance, afirma - "A França é o produtor número um do cinema europeu e o segundo maior exportador de filmes do mundo (após os EUA). Apesar de o ano de 2012 ter sido excepcional graças aos números conquistados por O Artista, de Michel Hazanavicius, e Os Intocáveis, de Eric Toledano e Olivier Nakache - mais de 120 milhões de ingressos vendidos em todo o mundo, contra 74,3 milhões em 2011 -, a difusão nas salas continua difícil no exterior."