Era uma vez eu, Verônica nasceu de uma reunião de desejos. O diretor Marcelo Gomes queria fazer um filme com a atriz Hermila Guedes; pretendia filmar no Recife (sua terra natal); tinha a intenção de trabalhar pela primeira vez com um personagem central feminino; e planejava contar uma história de jovens. “Comecei a desenvolver o roteiro sobre a vida de uma mulher comum, então, pensei em ouvir umas moças na mesma faixa etária, entre 25 e 27 anos. Gravei depoimentos de cerca de 30 pessoas, que talvez transforme em um documentário um dia”, revela o diretor, que está radicado em BH já há dois meses – “sou praticamente mineiro, já digo até arreda pra lá” (risos). Veja imagens do filme A partir dos depoimentos, Marcelo Gomes se certificou de algumas questões que já faziam parte do filme e acrescentou outros elementos. “A sociedade está num processo muito dinâmico, de verticalização das relações, de superficialidade. Acho que a maturidade profissional hoje vem antes da pessoal. Eles não sabem o que querem do sexo, das relações e da vida”, analisa o diretor, que, no longa, conta a histórica de Verônica, jovem recém-formada em psiquiatria que decide rever suas escolhas profissional e afetivas. Vencedor de sete candangos no Festival de Brasília deste ano (diretor, filme e atriz entre eles), Verônica... teve estreia mundial em Toronto e ganhou menção honrosa no Festival de San Sebastian, Espanha. Foi exibido no Festival do Amazonas, na Mostra São Paulo, teve pré-estreia quarta-feira, no Rio, e tem nesta segunda-feira em BH, às 21h30, no Belas 3, seguida de bate-papo com o diretor. Depois, segue para o Festival de Mar del Plata, na Argentina, e ainda não tem estreia nacional prevista. Assista ao trailer de Era uma vez eu, Verônica: