
O vídeo mostrando os bastidores da pré-seleção dos atores é, na verdade, uma brincadeira para explicar o que será de fato a “primeira comédia verdadeira sobre sexo”. Com produção de Augusto Casé e direção de Felipe Joffily, o filme acabou de ser rodado no Rio de Janeiro e deve estrear no primeiro semestre. Aliás, Da boca pra fora foi o “sobrenome” carinhoso que a peça ganhou quando esteve em cartaz, fazendo sucesso de público e crítica.
“A Bianca Byngton deu o segundo nome. Não só porque E aí, comeu? poderia soar muito como papo de bar tosco de homem e assustar, mas porque ela, que tinha toda razão, dizia que o que os três amigos falavam no boteco era aquele típico papo de homem quando está entre amigos. Falam as maiores barbaridades das mulheres, mas, no fundo, é tudo da boca para fora. No fundo, a gente ama as mulheres”, conta Marcelo Rubens Paiva, que assina o roteiro com Lusa Silvestre.
Trata-se da história de três amigos na faixa dos 30 anos, que estão tentando compreender as mulheres. O terceiro da trupe é Fonsinho, personagem de Emílio Orciollo Netto, escritor que nunca assumiu nada na vida. Não se casou, só se relaciona com prostitutas e moças casadas, não consegue nem terminar um livro.
Teaser? O vídeo com os bastidores do longa foi um hit na internet, pois confunde perfeitamente o espectador. Afinal de contas, trata-se de teaser ou de “documento mentira”? O mulherio marca presença nesse material. “Perto delas, sou um frade. Elas falam coisas muito piores quando se juntam”, garante Mazzeo.
No caso dos rapazes do longa, Honório fala da mulher (vivida por Dira Paes), que, suspeita, o está traindo. Fonsinho tenta encontrar a maturidade. Fernando procura entender por que seu casamento deu errado. E por que a mulher o trocou por outro. “No meio do caminho de Fernando, há a adolescente linda. Para surpresa dele, muito longe do clichê da ninfeta ingênua, ela é inteligente, bem resolvida e muito madura”, explica Bruno Mazzeo.
O diretor Felipe Joffily defende as moças. “Elas mudaram. Conquistaram um espaço que até pouco tempo era território dos homens. E eles estão tentando se encaixar nisso tudo. O filme fala do homem procurando entender a nova mulher, achar o seu novo lugar”, conclui o cineasta.
ÓTIMO ANO
Augusto Casé, produtor de E aí, comeu?, aposta no vigor das comédias. E tem o que comemorar. “O ano foi bom. Começamos com a ótima campanha de Muita calma nessa hora: ele estreou em novembro de 2010, ficou 10 semanas em cartaz e foi visto por quase 1,5 milhão de espectadores. Depois veio Cilada.com, em julho, com 3 milhões – a maior bilheteria de filme nacional em 2011”, diz o responsável pela Casé Filmes. Este ano, a produtora planeja rodar Os caras de pau, Muita calma nessa hora 2 e Cilada.com 2. “Essa vitalidade é ótima”, garante Augusto Casé.