Manjericão se confunde às outras ervas, neste cortejo que é um dos mais revolucionários do carnaval de BH. Folhas viram brincos, detalhe charmoso no rosto, ou a fantasia para os corpos dos foliões que não querem que o carnaval acabe.
Quarta-feira de Cinzas é hora de parar de festejar? Não! Nem de festejar nem de propor questões cruciais para o debate na cidade. Com o lema "libera o manjericão e condena a mineração", o bloco Manjericão sai pelo décimo ano na manhã desta quarta-feira de cinzas.
O grupo se concentra na Praça Estado de Israel, no Bairro Mangabeiras, em frente ao Parque Serra do Curral. O local foi escolhido por estar próximo à Serra do Curral, área que sofre com os efeitos da mineração. "A Serra do Curral já sofreu muito, mas sofreu também como símbolo de Minas Gerais como um todo. A gente viveu Mariana, Brumadinho. O nome do estado já diz. É o estado da mineração. Ela tem que ser repensada e não pode ser a qualquer custo", diz o professor universitário e poeta Rafael Fares, um dos organizadores do bloco. Ao longo do cortejo, haverá intervenções de ativistas da causa do meio ambiente. "Tudo com alegria. É carnaval", ressalta Tavares.
O bloco também é um teste à resistência dos foliões, já que sai nas primeiras horas da quarta-feira, tempo reservado à cura da ressaca e ao descanso. "A gente brinca que somos 'highlanders'. Só vem pra cá quem sobreviveu", diz Rafael, numa referência ao guerreiro imortal do cinema.
Com regência de Chaya Vasquez, a bateria do Manjericão mescla marchinhas antigas com hits da MPB e muita música pop. No repertório, faxias como Domingo, de Alceu Valença, e Anunciação, versos do mesmo compositor que anunciam novos tempos. O funk marcou presença com a música "Verdinha", da cantora Ludmilla.
A chuva começa, mas não parece incomodar. Os foliões seguem dançando em celebração da liberdade.
Quarta-feira de Cinzas é hora de parar de festejar? Não! Nem de festejar nem de propor questões cruciais para o debate na cidade. Com o lema "libera o manjericão e condena a mineração", o bloco Manjericão sai pelo décimo ano na manhã desta quarta-feira de cinzas.
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Com regência de Chaya Vasquez, a bateria do Manjericão mescla marchinhas antigas com hits da MPB e muita música pop. No repertório, faxias como Domingo, de Alceu Valença, e Anunciação, versos do mesmo compositor que anunciam novos tempos. O funk marcou presença com a música "Verdinha", da cantora Ludmilla.
A chuva começa, mas não parece incomodar. Os foliões seguem dançando em celebração da liberdade.