Danniel Maestri (esq) e Lelo Lobão (dir) conduzem o bloco Baianeiros, nesta terça-feira (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Nesta terça-feira, o bloco Baianeiros movimenta os bairros Funcionários e Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O cortejo mistura ritmos como axé e funk. O fluxo começou na avenida Getúlio Vargas e desceu para a Praça da Savassi e não há horário previsto para o término da festa.
Este é o segundo desfile do Baianeiros neste carnaval. No domingo, o grupo puxou multidão no bairro Castelo, Região da Pampulha. Nesta terça-feira, o público superou as expectativas. Integrantes do bloco demonstraram surpresa com o alto número de pessoas presentes “A gente sempre imagina que vem muita gente, mas não esperávamos tanta aqui na Savassi. A festa tá linda demais”, celebrou Danniel Maestri, um dos membros do grupo.
Devido ao fato de o bloco trazer um trio elétrico, a autorização para andar pelas ruas teve maior facilidade que as festas com carros de som. Por este motivo, outras festas de Carnaval por Belo Horizonte protagonizaram carros de som que acabaram barrados de andarem; há maiores restrições para liberação destes em comparação com os trios elétricos.
O Baianeiros surgiu em 2015 e cresceu de forma muito rápida no Carnaval de Belo Horizonte. Danniel Maestri e Lelo Lobão comandam o som do Baianeiros. O cortejo, que começou por volta das 10h, agita a multidão com os sucessos da Axé Music dos anos 1990, como Chiclete com Banana, Jammil e Banda Eva.
Orientação aos foliões gera discordâncias
Mesmo depois de a Prefeitura de Belo Horizonte publicar, no Diário Oficial do Município (DOM), uma cartilha com orientações aos foliões com o objetivo de combater atitudes racistas, machistas e LGBTQIfóbicas durante o carnaval de BH, alguns foliões resolveram se fantasiar de índio. O texto desaconselha o uso de trajes e objetos que possam ferir a dignidade dessas pessoas e desrespeitar povos indígenas, negros, ciganos e LGBT.
Daniel Magalhães, um dos fantasiados, questionou as orientações no documento. “Eu vi a cartilha e achei um absurdo. Não é possível que a gente não possa se fantasiar do que a gente quiser”, diz Daniel.
Daniel Magalhães (esq) critica o fato de não poder se fantasiar de índio no Carnaval (foto: Ana Mendonça/EM/D.A Press)
Texto escrito por Matheus Eduardo, com supervisão de Frederico Teixeira*
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