Com muito rap, Djonga e bloco Rapique estreiam no carnaval de BH

Com muito rap, funk e batalha de rimas, o bloco Rapique mostrou ao Brasil que, pelo menos na capital mineira, a música da periferia também faz parte do carnaval.


Na tarde de ontem, o bloco comandado pelo rapper mineiro Djonga e pelo músico Kdu dos Anjos, do Lá da Favelinha, arrastou uma multidão de jovens pela Avenida dos Andradas, no Bairro Santa Tereza. Por lá, o som também ficou por conta dos cantores Rosa Neon e Hot e Oreia.

Com músicos que fazem sucesso entre jovens de várias classes sociais, o bloco tinha como objetivo e conseguiu arrastar pessoas de inúmeras regiões periféricas à Região Central de Belo Horizonte. Leonardo Salles, de 20 anos, morador da Região de Venda Nova, foi à Região Leste da capital só para ouvir o rapper Djonga. 

Leonardo Salles - Foto: Pedro Lovisi/EM/D.A PressO folião disse que assistiu um show ao vivo do cantor pela primeira vez no Planeta Brasil. “Conheci ele por causa do Sidoka.

Esses caras são brabos”, afirmou.

E há quem tenha saído de ainda mais longe do Santa Tereza, só para acompanhar o rapper.  Regiane Cristina, mãe de Vitória Camila, de 18 anos, é moradora do bairro Citrolândia, em Betim. "Aprendi a gostar dele, porque onde ele vai, ela quer ir e eu acompanho", conta.

Assim que Djonga chegou ao local, ainda no momento de concentração do bloco, os foliões já se embalaram com o hit do rapper: “Abram alas pro rei”, cantavam os enlouquecidos fãs.


 

 

 

 

Em um momento de manifestação política, quem teve a voz de destaque foi Kdu dos Anjos. Enquanto os foliões entoavam o já tradicional canto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o músico pediu: “Pessoal, vamos mudar, a música correta é Bolsonaro vai tomar polícia porque tomar no c*, pra muita gente é uma delícia”.