O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi um dos principais alvos de crítica no carnaval de Belo Horizonte, São Paulo e Olinda. Fantasias que remetem ao caso Queiroz, adereços ironizando discursos da campanha presidencial e placas com frases satíricas foram as principais formas de protesto do público.
saiba mais
Negro, feminino, anticonservador: carnaval do Rio reage à era Bolsonaro
PM ameaça recolher tropa em caso de manifestação política de blocos de carnaval
Pau que nasce torto... Apesar da chuva, foliões começam a chegar ao Tchanzinho
Mapa dos blocos do carnaval de BH 2019: datas, horários e locais da folia
Nana Caymmi compra briga com Chico, Gil, Caetano e a sobrinha Alice
Em São Paulo, o cenário não foi diferente. Alguns dos foliões do bloco Tarado Ni Você escolheram a laranja como fantasia, em referência à relação do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, com o ex-policial militar Fabrício Queiroz.
Outro adereço no gosto de quem não apoia o presidente foi a mamadeira com pênis de borracha na ponta. O objeto ironizou a notícia falsa que circulou nas redes sociais durante a campanha eleitoral. A fake news dizia que tais mamadeiras seriam distribuídas para crianças em creches brasileiras juntamente com o kit gay, caso Fernando Haddad (PT) fosse eleito.
O bloco 77-Os Originais do Punk também foi crítico ao presidente. Durante o desfile deste sábado (2), no bairro Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, os músicos cantaram uma paródia da marchinha Coração Corintiano, na qual dizia “Doutor, eu não me engano. O Bolsonaro é miliciano”. A canção ironizou o fato de Flávio Bolsonaro ter empregado a mãe e a esposa de um ex-policial militar suspeito de chefiar milícia no Rio de Janeiro.