O Carnaval de Belo Horizonte já tem a primeira polêmica. Na noite dessa sexta-feira, enquanto o bloco Tchanzinho Zona Norte preparava o cortejo, um capitão da Polícia Militar ameaçou recolher a tropa em caso de manifestações políticas contra o presidente da república, Jair Bolsonaro. A polêmica ocorreu na Avenida Sebastião de Brito, no Bairro Dona Clara, Região da Pampulha.
Leia Mais
Bloco Fúnebre desfila em BH para sepultar as tristezas e ressuscitar as alegrias Bloco WS elétrico atrai milhares de pessoas para a Região Centro-Sul de BH Pau que nasce torto... Apesar da chuva, foliões começam a chegar ao Tchanzinho Críticas a Bolsonaro marcam blocos de Olinda, São Paulo e Belo HorizonteGrupo Corpo vai cair no samba durante o desfile do QueixinhoBrumadinho e Marielle são homenageados por foliões no Então, Brilha!“O Tchanzinho respeita as minorias, que na verdade são a maioria. Somos um bloco que respeita a democracia. Todo mundo é bem-vindo, mas, se por acaso, não concordar, vai se incomodar porque vamos falar o bloco inteiro: Bolsonaro é o caralh*. Por fim, o vocalista do bloco gritou “Lula livre”.
Nesse momento, o capitão da Polícia Militar, Capitão Sodré, teria ameaçado recolher a tropa de policiais caso a manifestação política continuasse.
Em contato com o Estado de Minas, o porta-voz da corporação, Major Flávio Santiago, defendeu a ação do policial. Segundo ele, trata-se de uma ação preventiva contra confusões de grandes proporções.
“A ação foi cirúrgica. Manifestação política vai ocorrer com fantasias e camisetas, mas se isso for incentivado pelos blocos, você pode incentivar uma briga generalizada e o bloco perder o controle da situação.”
O major ainda destacou que o assunto já tinha sido discutido entre os responsáveis pelo carnaval da capital mineira e o representantes de blocos. “Quando se tem uma manifestação programada, uma estrutura é montada. No carnaval, você não tem pessoas que pensam iguais politicamente e isso pode gerar brigas”, finalizou.
*Estagiário sob supervisão do editor Benny Cohen