O tradicional colorido do carnaval deu lugar às cores preta e branca na Praça da Bandeira, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em vez das fantasias de unicórnio, sereias e heróis, monstros e zumbis foram a inspiração dos foliões que acompanharam o Bloco Fúnebre. O lema da agremiação, que arrastou centenas de pessoas na capital mineira mesmo embaixo de chuva, é um só: sepultar as tristezas e ressuscitar as alegrias. E foi exatamente assim que o grupo desfilou até a Praça Milton Campos.
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A concentração do grupo começou por volta das 21h. A todo momento, a Praça da Bandeira recebia as diversas fantasias de monstros. Os amigos Elias Peixoto, de 39 anos, Luiz Gustavo Pimenta, de 37, e Ana Carolina, de 35, chegaram cedo se aproveitando que moram próximo ao local. Carol, como é chamada pelos colegas, quem fez as pinturas nos rostos. “Olhei na Internet e desenhei”, conta.
O empresário Elias foi ao bloco pela primeira vez. “Achei interessante a ideia inspirada no México”, disse. “Espero que o carnaval deste ano seja realmente o melhor da história. Até deixei de viajar para ficar aqui e aproveitar”, completou. O redator publicitário Arom Mokai, de 19, improvisou a fantasia para curtir o bloco. “Já tinha descolorido o cabelo. Abri o guarda-roupa e peguei a roupa no improviso”, afirmou.
O vendedor Rodrigo Viegas, de 40, acompanha o bloco desde a criação. Segundo ele, o grupo se uniu bastante durante o período. “Foi criada uma grande amizade. Então, muita gente vem por causa da companhia do pessoal”, comentou. “O bloco é justamente para enterrar a tristeza e trazer a alegria no carnaval. Por isso, sempre abrimos a folia na sexta-feira”, finalizou.
No repertório do bloco, que conta com instrumentos de sopro, estão ritmos variados. Vai do samba, marchinhas de carnaval, heavy metal, jazz, cirandas e reggae.