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Pau que nasce torto... Apesar da chuva, foliões começam a chegar ao Tchanzinho

Capa de chuva no corpo e um copo na mão. Esse é o visual dos foliões mais animados que começam a chegar no tradicional bloco do carnaval de Belo Horizonte Tchanzinho Zona Norte, na Avenida Sebastião de Brito, no Bairro Dona Clara, Região da Pampulha. 

Enquanto a bateria do bloco se aquece, os amantes do carnaval dançam e comemoram a chegada da festa mais aguardada por muitos os belo-horizontinos. A folia é certeira também para os ambulantes que trabalham no local; afinal, consumidor de cerveja e catuaba é o que não falta. Claro, há os que optam por refrigerantes e sucos - e eles também são importantes.


"Vim também no ano passado, estava mais cheio, mas, tirando a chuva, a turma aqui está muito animada", relatou o Bonitão da Bala Chita. Para alguns, ele é mais conhecido como Luiz Fernando Goulart, de 27 anos.

- Foto: Túlio Santos/D.A Press

A previsão é de que o bloco comece a desfilar por volta das 21h. Além do cortejo no bairro, o bloco segue de metrô até a Praça da Estação, na Região Central.

Desentendimento

Durante a preparação do cortejo, alguns foliões e participantes do bloco começaram a cantar músicas contra o presidente da república, Jair Bolsonaro. Nesse momento, um capitão da Polícia Militar teria pedido aos representantes que interrompessem os discursos contra o presidente; caso contrário, a tropa iria se retirar. A denúncia foi feita pela produtora do bloco, Laila Heringer.

O Estado de Minas entrou em contato com a Polícia Militar e espera retorno.

Tchanzinho Zona Norte


Em tempos de polêmicas envolvendo o metrô de Belo Horizonte, o Tchanzinho Zona Norte, um dos importantes blocos que marcaram o ressurgimento da festa carnavalesca belo-horizontina, desfila pela sexta vez na cidade. 

Tendo o cortejo iniciado na Avenida Sebastião de Brito, no Bairro Dona Clara, o bloco embarca no metrô da capital e tem sua dispersão na Praça da Estação, no Centro da cidade, ao som da "baixa gastronomia do axé", que teve a ascensão na música no final da década de 1990, assim como a banda baiana, homenageada pelo bloco, É o Tchan. 

Um dos objetivos do grupo é problematizar o transporte – mostrando o percurso feito diariamente por belo-horizontinos que moram fora da Região Centro-Sul –, ocupar os espaços públicos e respeitar as diferenças.

*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa
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