A guitarra baiana e a percussão carnavalesca dão o tom para os primeiros compassos de “Meu love é Glitter”, música original dos blocos de rua Juventude Bronzeada e Roda de Timbau, cujo clipe foi lançado nesta segunda-feira e promete agitar os foliões neste carnaval 2019 de Belo Horizonte.
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A canção mistura elementos do axé, do samba, do pop e de marchinhas de carnaval e consegue pontuar bem seu lugar na folia. O clipe, por outro lado, abraça a festa e não deixa de exaltar a alegria, as paixões e a diversidade no carnaval de Belo Horizonte.
Pedro Thiago, regente e percussionista da Roda de Timbau, explica que a música nasceu no ano passado, quando viu uma interação entre um casal em Belo Horizonte. “Os dois estavam se beijando e o homem disse para a mulher ‘nossa gata, sua boca tá cheia de purpurina’. Aí veio o estalo”, diz. O músico apresentou a ideia a Leopoldina, colega de composição, e os dois terminaram a canção.
O clipe veio como uma necessidade de divulgação para a obra. Pedro Thiago diz que, como a música traz o carnaval como um plano de fundo, a ideia era tratar da mesma forma com o audiovisual.
Para o compositor, investir em músicas autorais é uma forma de pensar no carnaval de Belo Horizonte a longo prazo. “É importante porque dá continuidade à festa. É interessante que trabalhos assim apareçam com maior frequência”, argumenta.
Para o compositor, investir em músicas autorais é uma forma de pensar no carnaval de Belo Horizonte a longo prazo. “É importante porque dá continuidade à festa.
Rodrigo Magalhães, o Boi, é regente da Juventude Bronzeada e produziu a faixa “Meu Love é Glitter”. De acordo com ele, há na música uma mescla de vários estilos que imprimem a identidade dos dois blocos e da cena de carnaval belo-horizontina. “O desafio maior era conciliar as duas estéticas, da Roda de Timbau e do Juventude Bronzeada. Foi uma concepção artística compartilhada”, explica.
A mistura das diversas influências dos blocos, como a levada de percussão original da Roda de Timbau que foi utilizada na canção e o som da cena independente de rock em BH, foi o que culmiou em “Meu Love é Glitter”, afirma Boi. “O axé está no DNA por ser parte inicial dos dois blocos, mas a música tem uma identidade própria”, finaliza.