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"Se não for pra jogar lama, nem vale a pena vir", decreta foliã no Unidos do Barro Preto

Luiza Bongir e Izadora Delforge - Foto: Flávia Ayer/EM/D.A.Press

Uma legião de enlameados se reúne na tarde desta segunda-feira de carnaval, no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O grupo se sacode e pula ao som do manguebeat, axé antigo e marchinhas de compositores locais. É o bloco Unidos do Barro Preto, que desfila irreverência em seu oitavo ano no carnaval de BH. A lama é de graça e está disponível em um carrinho de supermercado.


A ideia é homenagear o movimento liderado por Chico Science e Nação Zumbi. São cerca de 8 mil pessoas acompanhando o bloco, segundo organizadores. "A maior graça é andar cheio de lama em BH", garante a fotógrafa Luiza Bongir, de 26 anos. "Se você esquece o protetor solar, a melhor coisa para proteger do sol é a lama", completa a produtora cultural Izadora Delforge, de 27.



Parte do carnaval político e engajado da capital mineira, Unidos do Barro Preto mantém tom de crítica na escolha do repertório, entoando marchinhas como o Baile do Pó Royal, cantada em massa pelos foliões.



Diferentemente de outros blocos nascidos na mesma época, com oito anos de carnaval, o Unidos do Barro Preto prefere se manter como um bloco de raiz e dispensa corda e segurança para isolar a bateria. No caso do Unidos, o cordão humano, que ficou conhecido como cordão do amor, é que ajuda a abrir caminho para a kombi e a bateria.

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