A 'morte' tomou conta do Carnaval 2018 na Praça da Bandeira, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira (9). Porém, o clima era de pura festa, pois foi onde o 'Bloco Fúnebre' deu início ao seu desfile, marcado para começar às 22h. O clima era de muita alegria e aos poucos os foliões chegaram para o inusitado desfile. O objetivo principal dos organizadores era justamente comemorar a vida.
Violeo Lima, um dos fundadores do grupo, diz que o bloco busca 'enterrar a tristeza'. Segundo ele, criado em 2013, o 'Bloco Fúnebre' ressuscita as velhas marchinhas carnavalescas e também sambas tradicionais de grandes compositores, como Adoniran Barbosa.
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Blocos que contornam veto e ganham autorização para desfilar no carnaval de BHProblema na montagem impede uso de banheiros químicos em bloco de carnavalTchanzinho Zona Norte desfila pela 6ª vez no carnaval de BH'Bloco Fúnebre'Contra o assédio e a favor do prazer das mulheres e da folia: Então, Brilha! desfila em BHSaiba quem é o homem que "anima as virgens" há 25 anos no carnaval de BHFoliões celebram a vida no metrô de BH e a "morte" no Bairro MangabeirasOs desavisados que passavam pelo local poderiam pensar que estavam na gravação do clássico 'Triller', de Michael Jackson, por conta das criativas fantasias dos foliões. O percurso do bloco têm 3,5 quilômetros, saindo da Praça da Bandeira, seguindo pelas Ruas do Ouro e Estêvão Pinto, para pegar a Avenida Afonso Pena e retornor ao local de partida.
O francês Johann Grondin, de 39 anos, e sua mulher, a brasileira Iara Franco, 38, estão pela primeira no Carnaval do Brasil, e escolheram BH por conta dos blocos. O casal iniciou hoje no desfile do Bloco Fúnebre.
"Morei em San Barthelemy, no Caribe, e lá tinha um dia de Carnaval. Estamos de mudança para o Brasil e minha mulher me conveceu de que aqui seria muito animado", disse Johann.
"De início, ele não entendeu muito o que era Carnaval de bloco. Mas foi só passarmos pela praça e a alegria o contagiou", festejou Iara.
E se é para ressuscitar, a jazzista Amy Winehouse marcou presença. "Saio no bloco desde o começo. Mas se o lema é ressuscitar as alegrias, vamos então fazer essa homenagem à Amy", disse Júlia Dias, 28 anos, fantasiada como a cantora britânica.
Esse é o espirito do Bloco Fúnebre: sepultar as tristezas e ressuscitar as alegrias.
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