Campanha nas redes defende que 'índio não é fantasia'

A ativista e artista Katú Mirim publicou um vídeo nas redes sociais explicando que o uso dos trajes é considerado racista e ofensivo

por Estadão Conteúdo 09/02/2018 12:51
Arquivo Pessoal/Reprodução
Artista afirma que uso das fantasias é ofensivo e racista. (foto: Arquivo Pessoal/Reprodução)
Cocar, pinturas e roupas com penas. A campanha "índio não é fantasia" questiona e pede uma reflexão dos foliões sobre o uso das vestimentas durante o carnaval. A ativista e artista Katú Mirim publicou um vídeo nas redes sociais explicando que o uso desses trajes é considerado racista e ofensivo por se apropriar da cultura dos povos indígenas.

"Usar fantasia de índio é racismo porque discrimina nossa raça, reforça estereótipos, a hipersexualização da mulher indígena. O movimento indígena sempre sofreu com a invisibilização. Nós não somos uma fantasia. Pessoas não são fantasia, nossa cultura não é fantasia. Ela existe, nós existimos", afirmou. 

O vídeo já foi visualizado dois milhões de vezes. Nas redes sociais, a artista vem recebendo apoio, mas também tem sido atacada pela campanha. "Algumas pessoas estão refletindo, mas 98% dos comentários são racistas", disse a artista.
 
 

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