Quem descia a Avenida Afonso Pena, no fim da tarde de quarta-feira, se deparava com formas e cores que iam além do rosa das nuvens expostas aos últimos raios de sol. Desde o cruzamento da Avenida Brasil, estendendo para todo o raio de ruas que levavam até a entrada do Parque Municipal, foliões exibiam luzes de LED em tiaras no cabelo, luzes que piscavam pelos corpos como imensos colares, luzes multicoloridas que prenunciavam o que promete ser o maior carnaval da história da capital mineira, com previsão de 3,6 milhões de pessoas nos próximos dias.
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Como todo jovem, o carnaval de Belo Horizonte atravessa sua puberdade criando tendências, defendendo território e tentando estancar as dores do crescimento. E como faz parte de toda evolução, se vê às voltas com as crises de identidade. Como crescer, caminhar com as próprias pernas, sem perder a independência e, acima de tudo, o papel social que ajudou o belo-horizontino a redescobrir e reocupar a própria cidade? É a pergunta que o carnaval de 2018, que começa oficialmente amanhã, tentará responder.