A presença de 3,6 milhões de foliões nas ruas de Belo Horizonte para o maior carnaval da história da cidade esquenta para valer a partir de hoje. Mas junto com a multidão que promete tomar as ruas da capital mineira e espalhar a festa para todas as regiões de BH chega também a preocupação de vários moradores com a possibilidade de vandalismo durante a circulação de foliões. Na Região Centro-Sul da capital, onde está a maior parte dos desfiles de blocos, vários prédios e estabelecimentos comerciais resolveram proteger suas fachadas com barreiras de metal, de madeira ou com grades de ferro, para evitar problemas como urina, fezes, depredação de vidros, pisoteamento de jardins e destruição de árvores. Com o crescimento da festa, o medo do prejuízo material que já ocorreu em anos anteriores por conta da má conduta de foliões faz com que alguns prédios não abram mão dessa possibilidade.
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Entre as alternativas de proteção usadas pelos condomínios, a maioria optou por grades, que normalmente são usadas para disciplinar filas em grandes eventos. Na Rua Maranhão, também no Funcionários, um condomínio cercou três árvores em frente ao edifício. Na esquina da Rua Cláudio Manoel com a Avenida Getúlio Vargas, a administração do prédio resolveu cercar toda a entrada com as mesmas grades, situação vista também na esquina da Rua Maranhão com a Avenida Carandaí.
A preocupação de moradores também se aplica ao comércio. Na Praça da Savassi, a loja da empresa de telefonia Oi foi toda protegida com madeira. Segundo a gerente do estabelecimento, Adriana Satyro, como a estrutura do carnaval de BH cresceu muito, a empresa tomou a decisão para resguardar o patrimônio e até os próprios foliões. “Nossa fachada é toda de vidro e por isso estamos prevenindo qualquer problema”, afirma. O guarda municipal Antônio Freitas, de 32 anos, esteve ontem de manhã na loja da Oi e achou incomum a proteção, mas defendeu a atitude para evitar problemas.