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Centro de operações vai trabalhar para garantir segurança e fluidez no trânsito no carnaval de BH


O carnaval de Belo Horizonte vai contar com tecnologia e mobilização de centenas de servidores para garantir a segurança e fluidez do trânsito todos os dias da folia. Ontem, a PBH apresentou a estrutura do Centro de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), que funciona 24 horas por dia, montada para a folia, que promete reunir 3,6 milhões de pessoas. Também foram listados os últimos ajustes que serão realizados para os quatro dias da festa neste fim de semana. A grande novidade são equipes volantes, para solucionar os problemas onde eles forem detectados.

Mapa dos blocos do carnaval de BH 2018: datas, horários e locais da folia

Criado em 2014 para atender as demandas da Copa do Mundo, o COP-BH reúne 13 órgãos da prefeitura e do governo do estado trabalhando em conjunto para garantir o funcionamento da cidade. No local, que fica no Bairro Buritis, Região Oeste da capital, a equipe monitora cerca de 1,6 mil câmeras. Considerando os turnos, são quase 400 pessoas envolvidas na operação na unidade.

Na Sala de Controle Integrado, representantes dos órgãos conseguem monitorar toda a cidade por meio de computadores com georreferenciamento. Na apresentação feita à imprensa, a Belotur e o COP mostraram o sistema que reúne as câmeras da capital em tempo real e mapeia os trajetos de todos os blocos, com informações sobre os desfiles e contato dos organizadores, hospitais, companhias da polícia e outros equipamentos espalhados pela cidade. Por meio desta tecnologia, é possível monitorar a situação e, em caso de problemas, as autoridades definem as decisões estratégicas em conjunto e repassam as ordens para as equipes nas ruas.

“Uma coisa que é de sucesso e que cada vez está melhorando é o nosso Posto de Comando Integrado.
Temos, durante todo o período do evento, contato com representantes de todas as instituições envolvidas para a tomada de decisão”, detalhou a diretora do COP-BH, Geórgia Ribeiro. “Esses representantes recebem as informações através das câmeras e dos agentes de campo e monitoram tudo o que ocorre na rua, se o bloco atrasou, se precisa fazer desvio porque houve algum imprevisto, se há ambulantes não credenciados”, explica.

A novidade deste ano são as Equipes Volantes Integradas, capazes de realizar demandas do COP-BH pela cidade onde for detectada a necessidade. “São três vans simultâneas operando de manhã até de madrugada, com a presença de dois fiscais, dois guardas, dois policiais militares, dois agentes da BHTrans em cada uma delas, para reforçar todo esse aparato.Testamos no último fim de semana de carnaval e foi essencial para minimizar os problemas”, informou a diretora.

Um dos problemas registrados no ano passado na capital foram confusões nas dispersões de blocos, quando grupos com carros de som chegavam aos locais após os desfiles. Os eventos, sem autorização, geraram tumultos. Neste ano, segundo Geórgia Ribeiro, a tolerância é zero. “Nós temos todo um planejamento para garantir o sossego das pessoas, para que algumas pessoas se divirtam e outras descansem a partir de determinado horário. Estamos atuando de forma intensiva sobre os carros de som.
Se for necessário, vamos rebocar”, enfatizou.

CONTRA O ASSÉDIO A Guarda Municipal de Belo Horizonte também apresentou novidades para garantir a segurança no carnaval deste ano, incluindo uma equipe móvel que vai circular pela cidade conforme a necessidade do público. “Temos a Unidade de Segurança Preventiva (USP), um trailer equipado com condições de mandar informações em tempo real para o COP, onde o posto de comando está instituído. Temos o canil da Guarda Municipal, que também é uma novidade interessante e atuará com nossos agentes. E também temos um esforço extraordinário, além do que nós trabalhamos rotineiramente, de 3,3 mil agentes. Obviamente que o efetivo da guarda não é desse tamanho, mas os agentes trabalham mais de uma vez no carnaval, isso aí é muito comum, horários diversos, locais diversos”, detalhou o comandante da Guarda, Rodrigo Prates.

Ele também informou que a Guarda está preparada para atender as ocorrências que surgirem nos blocos, com destaque para episódios de assédio e LGBTfobia. Recentemente, os agentes passaram por uma capacitação nesse sentido. “É muito importante respeitar o próximo, respeitar a individualidade. A gente conta com a colaboração das pessoas e teremos uma estrutura preparada para acolher esse tipo de evento.
Peço que qualquer evento seja registrado, isso é muito importante”, disse o comandante. “É imprescindível que a gente tenha a ocorrência registrada para mobilizarmos nossos esforços nos locais adequados”, justifica.

 

Árvores são monitoradas

 

O diretor de iluminação pública e diretor de operações da Prefeitura de Belo Horizonte, Henrique Castilho, falou do trabalho para evitar problemas causados por quedas de árvores durante a passagem de blocos pela cidade, uma das preocupações da população. “A demanda é muito grande e estamos trabalhando desde o começo de janeiro nessas regiões, com podas e supressões. Já estamos com 2.240 podas e quase 500  supressões, detalhou. “Temos dois engenheiros que atuam na análise de árvores. É necessário fazer um laudo técnico para a supressão. O trabalho é grande e feito o ano todo”, disse. Castilho comentou o caso mais recente, ocorrido na quarta-feira na Savassi, onde uma árvore de grande porte caiu no cruzamento das ruas Paraíba e Inconfidentes. “Foi uma coisa que aconteceu porque ocorreu um vazamento, possivelmente da Copasa, e a raiz pode ter entrado lá dentro e a árvore caiu. Não temos o controle efetivo disso, mas atuamos com rapidez”, enfatizou.

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