Além de recepcionar bem os foliões, o Santê também abriga com carinho blocos de outras regiões. Um exemplo disso é o Maria Baderna, grupo criado em Contagem, na Grande BH. Após se apresentar na cidade de origem no sábado, eles fizeram sua festa na Rua Angelo Rabêlo. Thiago Honorato, um dos organizadores do desfile, conta que o intercâmbio cultural e de ideias é uma das melhores partes do carnaval. “O Santa Tereza é um local com muita história e um clima diferente, algo que comunica com nosso espírito baderneiro.”
Caminhando entre um bloquinho e outro, carros de som e vendedores ambulantes ocupavam completamente a Rua Mármore e a Praça Duque de Caxias. Um misto entre o habitual público familiar e jovens foliões divide o espaço de forma democrática. Daniel Costa, de 24 anos, destaca o ambiente singular do carnaval no local. “A diferença do Santa Tereza, é que temos desfiles de blocos e festas estáticas, além de o público ser bem eclético”, pondera
E assim continua se fazendo festa no Santa Tereza. Seja em blocos como Volta, Belchior, Bloco da Esquina e Alô, Abacaxi, ou simplesmente tomando uma cerveja no Bar do Orlando. Guilherme Henrique, de 27 anos, resume o sentimento: “Vou procurar um bloquinho amanhã e ainda tem a ressaca do final de semana”. Assim os foliões vêm e vão, mas o Santê segue lá, no mesmo lugar, esperando o retorno de braços abertos.