A maioria são amigos que fazem parte do Coletivo Lixo Zero que une música e teatro ao debate sobre a preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Formado por cerca de 50 pessoas, o bloco desfilou por um pequeno percurso, chamando a atenção por causa de um tatu gigante feito de placas sanfonadas, jornal e papelão.
Ele é um protótipo de animais gigantes que serão exibidos no carnaval de 2018. Serão representados bichos do cerrado, segundo maior bioma da América do Sul e um dos maiores do Brasil ameaçado pela ocupação urbana. O projeto do coletivo foi um dos selecionados para a folia do ano que vem por meio de leis de incentivo à cultura.
Um dos integrantes e idealizadores do bloco é o artista plástico Leó Pilo, responsável pela decoração carnavalesca de 28 monumentos públicos da cidade. Ele é também o criador de todas as fantasias e adereços do bloco. O estandarte do bloco, por exemplo, foi feito de canos e retalhos de tecido
“É muito importante todas as iniciativas que levam a essa reflexão sobre o resíduo sólido, onde jogá-lo e como apoiar as pessoas que trabalham com ele - que são os catadores. “A gente perceber a reciclagem como uma expansão constante de hábitos e de costumes, por isso ela não poderia estar fora, não poderia não se lançar nessa onda, nessa folia”.
Maria Cristina Alves Santos da Cruz - uma das participantes do bloco - vestia uma fantasia de Branca de Neve alugada. Ela conta que vendeu reciclados para alugar a fantasia. "Do lixo ao luxo", brincou Maria.