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Enlameados, foliões desfilam no Unidos do Barro Preto

Com sete anos de existência, o bloco reuniu centenas de famílias, com crianças nos ombros dos pais e pessoas da terceira idade

Ivan Drummond

"Di-di-di-dizem que o homem veio do barro". Esse o início da marchinha dos Unidos do Barro Preto, que em seu desfile, no bairro que leva o nome do bloco, partiu ao meio-dia, em direção à Praça Raul Soares, onde a folia não tem hora pra acabar. Com sete anos de existência, o bloco se mostrou família, com crianças nos ombros dos pais e muitas pessoas da terceira idade.

Por causa do nome do bairro, latões e baldes são espalhados pela rua, cheios com barro preto, e as pessoas se fartam em servir de lama, que serve para besuntar o corpo e em seguida cair na folia.

 

A animação era tão grande, que serviu de animação para doentes em recuperação num hospital próximo, o Socor. Muitos desses doentes, apareciam nas janelas dos quartos da instituição hospitalar e acenavam para a rua. Muitos, sorrindo sem parar, pois tiveram a monotonia de uma internação amenizada.

Na banda, uma divisão, por igual, de homens e mulheres, seja nos surdos, nos tamborins, nas caixas, nos taróis. O mais difícil, devido ao grande número de participantes, foi a largada, pois o carro de som não conseguia avançar pela rua e foi preciso que os organizadores pedissem passagem no microfone. 

Mas depois de 30 minutos, o bloco saiu, pegou a rua Tupis e até a Raul Soares foi só animação, com muita gente que estava nas proximidades, nos bares, aderindo à folia.