Com a bateria afinadíssima, foliões caíram no samba. Centenas de pessoas se concentram na Avenida Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Carlos Prates, na Região Noroeste, para acompanhar o desfile do Unidos do Samba Quieixinho. Um dos blocos mais tradicionais de Belo Horizonte, que comemora oito anos, o bloco oferece oficinas e ensaios ministrados no Barracão do Queixinho durante todo o ano. A proposta é estudar ritmos, técnicas, performance de instrumentos bateria de escola. Para os que gostam de Escola de Samba, esse é o lugar certo.
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O carnaval de raiz também atraiu a fã de escolas de samba como Gabriela Barreto, de 28 anos. “Todo ano passado em São Paulo ou no Rio de Janeiro, este ano decidi ficar em BH. Este bloco foi o melhor que fui até agora”, contou a advogada que já acompanhou os desfiles na capital paulista. “No quesito som, a bateria está maravilhosa”, apontou. Além do mais, o número “restrito” de pessoas ajudou a aproveitar a folia. Ao contrário do que presenciou em outros desfiles em BH, ela conta que falta compromisso com horário e mais banheiros químicos. “Ainda dá para melhorar”, afirma a mulher.
Solidariedade Na contramão do caso de assédio que ocorreu durante o desfile, um ato de solidariedade emocionou os foliões. Durante o cortejo, o grupo abriu alás para Gabriele Carvalho Lemos. A adolescente de 12 anos estava em uma cadeira de rodas e foi convidada para fazer parte da bateria por alguns minutos. A mãe, Daniela Carvalho Lemos, de 46, conta que eles acompanham o bloco há alguns anos, e, que, há pelo menos três, Gabi participa do desfile. Com os olhos pintados de azul e roxo, ela se divertiu no meio da multidão. “Ela adora! É um momento muito emocionante. É importante o reconhecimento da luta dela”, conta. A garotinha, que tem problemas de mobilidade, não se limitou a sorrir.